São Paulo, domingo, 07 de março de 2010

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peças & acessórios
Ferrari e Porsche se rendem ao hibridismo

Sueca Koenigsegg fecha parceria com a importadora Platinuss e venderá o esportivo CCXR por R$ 6 milhões

DO ENVIADO ESPECIAL A GENEBRA

Por incrível que pareça, a preocupação com o ambiente chegou aos carros esportivos.
Há poucos anos, nenhum vidente poderia prever que Porsche e Ferrari iriam aderir aos motores híbridos-elétricos.
Eis que surgem Ferrari Hy-Kers e Porsche 918 Spyder. Ambos, é claro, com seus devidos motores a gasolina superpotentes e uma "pequena" ajuda dos motores elétricos.
O Porsche talvez seja o mais refinado. Foi feito sobre o chassi de fibra de carbono do antigo Carrera GT e traz um motor 3.4 V8 central-traseiro de 500 cv.
Ele funciona com outros dois motores elétricos (218 cv) nos dois eixos. Segundo a Porsche, é suficiente para levá-lo aos 100 km/h em 3,2s e a 320 km/h de velocidade máxima, emitindo 70 g de CO2 por quilômetro.
Em Nürburgring, a montadora diz que o 918 completou o trecho norte em 7min30s. Mais rápido que o próprio Carrera GT e que a Ferrari F458 Italia.
Aliás, a Ferrari também aderiu ao hibridismo. Apresenta em Genebra a 599 GTB Hy-Kers. De acordo com a montadora italiana, o consumo e as emissões de poluentes caíram cerca de 35%.
Suas baterias de íons de lítio pesam 80 kg e rendem 110 cv. A Ferrari, porém, diz que as baterias ajudaram tanto a estabilizar o carro como a empurrá-lo para frente -há também um motor V12 de 620 cv.
A bateria está instalada sob o assoalho e reduz o centro de massa do carro, melhorando a performance em curvas.

F-1
Como o próprio nome diz, ainda há um sistema de regeneração de energia nas frenagens ("kers"), usado na Fórmula 1 no ano passado. Na mostra, a Porsche também mostra seu 911 GT3 com o mesmo sistema.
A Citroën surpreende pelo visual do conceito Survolt. Ele lembra um cupê GT, baixo e largo. A montadora não fornece dados técnicos. Só informa que ele usa propulsão elétrica e conceitos de carro de corrida.
Enquanto isso, o sueco Koenigsegg Agera esbanja gasolina. Traz um motor V8 de 910 cv e se junta à família CCX. E melhor: será importado para o Brasil pela Platinuss, que hoje representa Pagani e Spyker.
No chão do estande, em Genebra, o logotipo da importadora estava ao lado do CCXR laranja, reservado para o Brasil.
Na traseira, o carro traz uma plaqueta também com o escrito "Platinuss". O CCXR pode rodar com gasolina Podium ou álcool puro brasileiro. Aí chega a 1.100 cv, segundo o fabricante.
O preço estimado é de R$ 6 milhões. A ver. (FABIANO SEVERO)


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