|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
peças & acessórios
Ferrari e Porsche se rendem ao hibridismo
Sueca Koenigsegg fecha parceria com a importadora Platinuss e venderá o esportivo CCXR por R$ 6 milhões
DO ENVIADO ESPECIAL A GENEBRA
Por incrível que pareça, a
preocupação com o ambiente
chegou aos carros esportivos.
Há poucos anos, nenhum vidente poderia prever que Porsche e Ferrari iriam aderir aos
motores híbridos-elétricos.
Eis que surgem Ferrari Hy-Kers e Porsche 918 Spyder.
Ambos, é claro, com seus devidos motores a gasolina superpotentes e uma "pequena" ajuda dos motores elétricos.
O Porsche talvez seja o mais
refinado. Foi feito sobre o chassi de fibra de carbono do antigo
Carrera GT e traz um motor 3.4
V8 central-traseiro de 500 cv.
Ele funciona com outros dois
motores elétricos (218 cv) nos
dois eixos. Segundo a Porsche,
é suficiente para levá-lo aos 100
km/h em 3,2s e a 320 km/h de
velocidade máxima, emitindo
70 g de CO2 por quilômetro.
Em Nürburgring, a montadora diz que o 918 completou o
trecho norte em 7min30s. Mais
rápido que o próprio Carrera
GT e que a Ferrari F458 Italia.
Aliás, a Ferrari também aderiu ao hibridismo. Apresenta
em Genebra a 599 GTB Hy-Kers. De acordo com a montadora italiana, o consumo e as
emissões de poluentes caíram
cerca de 35%.
Suas baterias de íons de lítio
pesam 80 kg e rendem 110 cv. A
Ferrari, porém, diz que as baterias ajudaram tanto a estabilizar o carro como a empurrá-lo
para frente -há também um
motor V12 de 620 cv.
A bateria está instalada sob o
assoalho e reduz o centro de
massa do carro, melhorando a
performance em curvas.
F-1
Como o próprio nome diz,
ainda há um sistema de regeneração de energia nas frenagens
("kers"), usado na Fórmula 1 no
ano passado. Na mostra, a Porsche também mostra seu 911
GT3 com o mesmo sistema.
A Citroën surpreende pelo
visual do conceito Survolt. Ele
lembra um cupê GT, baixo e
largo. A montadora não fornece
dados técnicos. Só informa que
ele usa propulsão elétrica e
conceitos de carro de corrida.
Enquanto isso, o sueco
Koenigsegg Agera esbanja gasolina. Traz um motor V8 de
910 cv e se junta à família CCX.
E melhor: será importado para
o Brasil pela Platinuss, que hoje
representa Pagani e Spyker.
No chão do estande, em Genebra, o logotipo da importadora estava ao lado do CCXR laranja, reservado para o Brasil.
Na traseira, o carro traz uma
plaqueta também com o escrito
"Platinuss". O CCXR pode rodar com gasolina Podium ou álcool puro brasileiro. Aí chega a
1.100 cv, segundo o fabricante.
O preço estimado é de R$ 6
milhões. A ver.
(FABIANO SEVERO)
Texto Anterior: Entrevista: Mercedes SLS, segundo Jackie Stewart Próximo Texto: Contramão: Motor elétrico da Lotus simula roncos variados Índice
|