São Paulo, domingo, 07 de agosto de 2011

Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Redes motorizadas Clubes de carros crescem com a internet e chegam a milhares de integrantes Brasil afora; sócios trocam informações e até fazem cobranças aos fabricantes Karime Xavier/Folhapress No sentido horário, Adriana, Matheus, Diego e Rafael, sócios do Celta Clube RICARDO RIBEIRO DE SÃO PAULO O comercial de uma distribuidora de combustível imortalizou a frase "brasileiro é apaixonado por carro". Os clubes de automóveis, que reúnem milhares de associados via internet e já chamam a atenção dos fabricantes, provam que a peça publicitária acertou em cheio. "A internet derrubou a barreira geográfica, e hoje temos associados até nas regiões Norte e Nordeste", afirma Guilherme Quandt, administrador do Clube Peugeot (45 mil membros), cuja "sede" fica em Santa Catarina. O empresário de 29 anos está no sétimo carro da marca, um 307 hatch. Na rede, os clubes conseguiram aumentar o número de sócios, ampliar a organização de encontros e oferecer serviços aos participantes. "Abrimos no site um sistema de avaliação de concessionárias que deu muita repercussão. O próximo passo é que a montadora responda às reclamações diretamente no fórum", ressalta Quandt. O Clube Ford HP nasceu do carinho de Mark Smith pelo Fiesta, mas cresceu tanto que passou a dar espaço a outros modelos da marca. "Depois que comprei o carro, decidi reunir outros proprietários. No primeiro encontro, foram apenas três pessoas. Mas, depois que montei o site, o clube chegou a mais de 1.500 associados", lembra Smith. Família é a palavra mais usada nos slogans. "Mais que um clube, uma família" é o lema do Clube do Uno (16 mil membros), por exemplo. Para o professor Ailton Amelio da Silva, do Departamento de Psicologia Experimental da USP (Universidade de São Paulo), é comum, em algum momento da vida, o ser humano sentir a necessidade de integrar um grupo. "Pode ser uma academia, um clube ou até uma assinatura de revista", diz Silva. SOLIDARIEDADE Os clubes também funcionam como redes sociais. "Hoje trabalho na empresa de uma pessoa que conheci pelo nosso site", revela o engenheiro Fernando Cravo, 31, coordenador do Celta Clube (49 mil sócios). E, como em todo clube, é importante ser solidário. "Levei um tiro ao reagir quando tentaram roubar meu Celta. O pessoal do clube se mobilizou para me ajudar", conta a vendedora Adriana Gabrielle dos Santos, 23. Próximo Texto: No Sportage, a forma é mais que a função Índice | Comunicar Erros

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