Com briga equilibrada nas pistas, Punto é melhor que C3 em detalhes como opcionais

JOSÉ AUGUSTO AMORIM
EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS

Um já é feito desde 2003. O outro começa a deixar a linha de montagem agora. E basta ir às ruas para sentir a diferença de idade -e a indiferença de quem vê o Citroën C3 e o interesse ao avistar o Fiat Punto.
Assim, se o mais importante para o consumidor for a novidade, não restará dúvida sobre o que comprar. Para motoristas guiados não apenas pela imagem, a situação pode ser outra.
De um modo geral, um oferece o que o outro não tem. O espaço interno do Punto é maior -a diferença na medida entreeixos é de 5 cm-, e o C3 leva 25 litros a mais no porta-malas.
Com 2 cv (cavalos) a mais, o Punto perdeu todas as provas de aceleração do teste Folha-Mauá. Por outro lado, com até 3,5 kgfm a mais de torque (força), o Fiat tem todos os melhores tempos de retomada.
O C3, com freio a disco nas quatro rodas, pára antes quando vem a 40 km/h e a 80 km/h (exige, respectivamente, 40 cm e 1,9 m a menos). A 80 km/h e a 100 km/h, o Punto e seu sistema traseiro a tambor exigem 1,1 m e 1,4 m a menos.
A óptica do consumo, por sua vez, privilegia o hatch da Citroën. Com um litro de álcool, a diferença é pequena, mas a gasolina amplia a vantagem. Na estrada, chega a 1,9 km/l.

"Premium"
O brasileiro já mostrou que não está tão disposto assim a pagar mais de R$ 40 mil por um carro pequeno. E quem está busca um compacto "premium", cuja aposta é no que pode ser exibido para o vizinho.
Os dois oferecem ar-condicionado e computador de bordo. O C3 custa R$ 910 a mais, mas é equipado com freios com ABS (antitravamento) e EBD (distribuição da frenagem), além de sua direção ser elétrica.
Mas deve o trio elétrico, pelo qual é preciso pagar R$ 1.315. E seus opcionais são mais caros: a Citroën pede R$ 1.195 pelo sensor de obstáculos traseiros, e a Fiat, R$ 1.002. O toca-CDs com controle no volante do Punto custa R$ 406 a menos.

INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
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