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Híbrido da Chevrolet chega com atraso e preço elevado
Volt começa a ser vendido nos EUA neste mês; ele roda com motor a combustão quando acaba a bateria do propulsor elétrico
DO "NEW YORK TIMES"
O Chevrolet Volt começa a
chegar às revendas dos EUA
neste mês. Em meio a elogios
às inovações e críticas ao preço de US$ 41 mil, ainda há
polêmicas sobre o que ele é
ou deixa de ser para a GM.
Quando o Volt foi apresentado pela primeira vez, em
2007, como um carro-conceito para demonstração de tecnologia, recebeu elogios por
sua abordagem inovadora de
propulsão ecológica. Depois,
quando a economia dos EUA
caiu em recessão e a General
Motors pediu concordata, o
Volt se tornou símbolo de esperança quanto à reinvenção
da montadora e marco de novos projetos de veículos.
A GM concebeu o carro de
modo a permitir que ele opere por até 80 quilômetros
apenas com a carga elétrica
de uma bateria de íons de lítio, sem a emissão de gases.
Mas, diferentemente de
outros carros elétricos, o Volt
conceitual dispunha de um
pequeno motor 1.0 turbo a
gasolina que seria usado
quando a bateria se esgotasse. O motor acionaria um gerador que produziria a eletricidade para manter o carro
em movimento. O sistema de
propulsão da versão de produção continua em larga medida fiel à ideia original.
POLÊMICA
Em percursos curtos, o
Volt não usa gasolina. Com
carga completa de bateria e
tanque de gasolina cheio, ele
tem autonomia de até 560
km, de acordo com a GM.
A polêmica surgiu porque
a GM classificou o Volt como
"veículo puramente elétrico", quando admite que há
um propulsor a gasolina que
dá assistência ao sistema elétrico (em velocidade de estrada e com bateria esgotada).
Segundo a montadora, a
medida visa elevar a autonomia, tornando o Volt um carro principal, e não só para
uso local, como os elétricos.
Nos sistemas em que um
motor a gasolina opera simultaneamente com o elétrico, como no Toyota Prius ou
no Honda Insight, são chamados de híbridos paralelos.
Mesmo com os incentivos
públicos, o Volt não sai por
menos de US$ 27,5 mil, devido ao alto custo das peças e
ao baixo volume inicial previsto para a planta de Detroit
(10 mil carros por ano).
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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