São Paulo, domingo, 08 de agosto de 2004

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FERNANDO MORAIS

Escritor viajava no porta-malas

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Muito antes de demonstrar a veia investigativa que o levou a escrever sucessos como "Olga", o jornalista Fernando Morais, 48, teve de se desdobrar na elucidação de enigmas automotivos. Culpa -ou mérito- do pai, José Carneiro de Morais, cujos cuidados com a manutenção de seu Pontiac 51 beiravam as raias da loucura, segundo o herdeiro.
"Meu pai era um sujeito que tinha uma preocupação obsessiva com os ruídos do carro. Então, por várias vezes, ele me fez andar no porta-malas para tentar descobrir a origem deles", lembra.
O que poderia parecer uma missão impossível para qualquer mortal não se mostrou grande desafio para o pequeno Tom Cruise da cidade mineira de Mariana. A dificuldade, na verdade, era outra.
"A causa do barulho encontrei várias vezes. O problema foi mesmo na hora de entrar no porta-malas a primeira vez. Na minha cabeça de menino, era impossível uma pessoa viajar ali. Para mostrar que não havia problemas, meu pai entrou no porta-malas e pediu para eu bater a tampa."
Foi aí que ele percebeu que havia ar e que ninguém morreria por ficar lá dentro. "Que o digam os seqüestrados de hoje em dia."


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