São Paulo, domingo, 08 de agosto de 2010 |
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carro de paizão
Conheça os sedãs grandes Chevrolet Malibu e Honda Accord, que podem ser a cara do seu pai (se ele for careta)
FELIPE NÓBREGA DE SÃO PAULO Quando a Chevrolet lançou a atual geração do Malibu nos EUA, em 2008, acreditou que havia construído seu melhor sedã de luxo -a ponto de disponibilizar o Toyota Camry e o Honda Accord para test-drive comparativo nas concessionárias GM. Desbancar os líderes "japoneses", tão idolatrados por lá, era tarefa tão difícil quanto convencer americanos a trocarem um sanduíche por um prato de salada. O investimento recorde para desenvolver o Malibu, no entanto, serviu mais para o Chevrolet reduzir a (grande) defasagem que tinha em relação aos rivais do que propriamente para superá-los. Sorte também do consumidor brasileiro. A versão topo de linha do Malibu, a LTZ 2.4, passou a ser importada dos Estados Unidos. Por R$ 89,9 mil, preenche o abismo na gama entre o Vectra Elite 2.0 (R$ 72 mil) e o Omega 3.6 V6 (R$ 122 mil), que logo será reestilizado. Nas concessionárias brasileiras da GM, porém, não haverá Camry e Accord para comparações no showroom. Até deveria, pois a nova versão de entrada do Accord, a EX 2.0, que ganhou alguns equipamentos, é menos recheada que o Malibu e custa quase R$ 10 mil a mais. Complicado seria explicar como o mexicano Fusion 2.5 custa 8% menos ou como a versão V6 do Ford com tração integral tem preço próximo. Extremos, Malibu e Accord também sabem agradar. BANHEIRA O sedã de quase cinco metros da Chevrolet apela para a sofisticação. O visual sóbrio deixa isso bem claro. Já as rodas de aro 18 e as lanternas inspiradas nas do Corvette amenizam aquela imagem de carro de "tiozão". Parece feito para agradar fãs do Toyota Corolla topo de linha. O GM traz ainda seis airbags, bancos de couro com aquecimento e até tomada (110 V) no console traseiro para laptop. E sem cobrar um centavo a mais. Modernoso, o Accord odeia ser chamado de "banheira", mesmo que suas dimensões sejam as mais avantajadas do segmento. Dentro, sobra espaço para os ombros e as pernas dos cinco ocupantes. Digno de quem vai de classe executiva. O ar-condicionado "dual zone" personaliza o ambiente. Faltam, porém, mimos básicos, como computador de bordo, sensor de estacionamento e faróis de neblina -itens comuns até no Palio. De uma coisa o motorista não pode reclamar: a dirigibilidade. A direção do Honda é precisa, e a suspensão, dinâmica, sem esquecer do conforto e longe de exageros cometidos pela do Malibu. Mas é no desempenho e no consumo que americano e japonês mostram quem prefere salada a hambúrguer. GM e Honda cederam os carros para teste Próximo Texto: Carro de Paizão: Motor 2.0 do Accord é mais eficiente que 2.4 do Malibu Índice |
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