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Fiat 500 pode virar nacional em 2010 e ficar com preço atrativo
Importado da Polônia, compacto parte de R$ 63 mil; plano é fazê-lo no Brasil para exportar para os EUA
FELIPE NÓBREGA
DA REPORTAGEM LOCAL
Sabe aquela sensação de dirigir um carro acima da média do
segmento? Assim é guiar o clássico Fiat 500 (Cinquecento, para os italianos).
O citadino é confortável,
transmite segurança e não decepciona quando exigido no
trânsito. Além disso, seu visual
retrô, inspirado no ícone e homônimo de 1957, simpatiza.
No entanto, o preço a partir
de R$ 62.870 -equivalente ao
de um Honda Civic- parece
um disparate para um compacto sem maiores pretensões.
Nem os freios a disco nas
quatro rodas com controle de
estabilidade ou os sete airbags
convencem a calculadora.
A baixa expectativa de vendas -250 unidades mensais-
mostra que até a montadora
concorda com a tese de que o
pequeno cobra pela exclusividade. E, por ser importado da
Polônia (em euro), nem poderia ser muito diferente.
Mas a tentativa da Fiat de salvar a falida Chrysler nos EUA
pode mexer no preço do Cinquecento. É que o novo presidente da montadora americana, o italiano Sergio Marchionne, na última quarta-feira,
anunciou um plano de reestruturação, que inclui a fabricação
do 500 nas Américas.
A previsão é para o final de
2010. O executivo, porém, faz
suspense quanto ao local da
produção. "Temos capacidade
de fabricá-lo no México, no
Brasil ou na Argentina."
E como o Brasil tem acordo
comercial bilateral e não paga
Imposto de Importação sobre
os carros mexicano e argentino,
a tendência é que o Cinquecento tenha a tabela reduzida aqui
no próximo ano.
Ainda como parte da estratégia, a Fiat vai fornecer tecnologia para renovar todos os produtos das marcas Chrysler,
Dodge e Jeep até 2012.
Serão incluídos na gama sedãs econômicos e utilitários
compactos. Até o sistema bicombustível dos Fiat brasileiros será aproveitado.
Sem pressa
Se o Fiat 500 com seus 3,5 m
de comprimento vai dar certo
nos EUA, país dominado por
veículos grandalhões e potentes, ainda é uma incógnita.
Em São Paulo, durante o teste Folha-Mauá, o modelo despertou curiosidade, compensando, pelo menos para motoristas exibicionistas, o comportamento insosso do motor 1.4
(100 cv) em baixas rotações.
A solução para aumentar a
adrenalina é pisar fundo no
acelerador. Mas, aí, o consumo
de gasolina dispara e sai da média urbana, que é de 9 km/l.
Mas, definitivamente, o 500
não é para quem tem pressa, e
sim irreverência. Seu interior,
por exemplo, pode ser decorado com bancos de couro vermelho e branco. Por fora, é possível equipá-lo com faixas e rodas diamantadas de aro 15.
Chato, só o computador de
bordo. Ele apita por tudo, até se
você tentar engatar uma marcha errada do pseudo-câmbio
automatico Dualogic (opcional) ou mesmo desligar o carro.
A Fiat cedeu o 500 para teste
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092
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