São Paulo, domingo, 09 de julho de 2006

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Brera de série mantém linhas arrojadas de seu protótipo

Alfa Romeo tem preço próximo ao do Audi TT e poderá ser importado

DO ENVIADO ESPECIAL A BALOCCO (ITÁLIA)

Entre o lançamento de um carro-conceito e sua chegada à linha de montagem, há um longo caminho, nem sempre percorrido com êxito por todos. A maior parte dos protótipos não passa da fase de estudo para medir a aceitação do público em relação a novos projetos e não consegue chegar às lojas. Quando começam a integrar a lista de modelos que estarão disponíveis nas concessionárias, porém, eles geralmente abandonam os traços mais ousados e adotam um visual "careta", perdendo parte do arrojo. Não foi assim com o Alfa Romeo Brera. Apresentado como modelo de série no Salão de Genebra de 2005, tinha aparecido como conceito na mesma mostra três anos antes. Naquela ocasião, o modelo era um protótipo concebido pelo estúdio Italdesign, do qual faz parte Giorgetto Giugiaro, o responsável pelo projeto do cupê. Mesmo depois das adaptações para a chegada ao mercado, as linhas ainda chamam a atenção -goste-se ou não, deve-se admitir que o cupê tem um desenho pouco comum. Com duas opções de motor a gasolina -há também um turbodiesel 2.4 de 200 cv (cavalos)-, ele traz um propulsor 2.2 de quatro cilindros capaz de desenvolver 185 cv a 6.500 rpm e 23,4 kgfm de torque (força) a 4.500 rpm. Com esses números, leva 8,6s para chegar aos 100 km/h e atinge 222 km/h de velocidade máxima. Esse motor é o mesmo usado no sedã 159, que deve ser importado ao Brasil ainda neste ano. Quem deseja um tempero mais ousado pode optar pelo 3.2 V6 (seis cilindros em "V"), com 260 cv e relação peso/potência de 5,65 kg/cv, inferior -nesse quesito, quanto menor, melhor- aos 5,72 kg/cv do novo Audi TT, também com propulsor 3.2 V6. Graças a essa equação, o Brera chega aos 100 km/h em 6,8s. Os destemidos podem atingir 240 km/h. Apesar de tanta esportividade, a tração é dianteira, mas a Alfa oferece a integral Q4 como opcional. De série, há faróis de xenônio, sete airbags e controlador de velocidade para o carro de 4,41 m de comprimento, 1,83 m de altura, 1,37 m de altura e 2,52 m de entreeixos.

Teste brasileiro
Quem quiser conferir de perto o Brera tem boas chances de encontrá-lo no Salão de São Paulo, em outubro. Embora tenha a intenção de trazê-lo ao Anhembi, a marca não confirma sua presença, dizendo que depende apenas de alguns fatores para exibi-lo no evento. Quando o assunto é a importação do modelo, as chances também são boas -a exposição paulistana seria um bom termômetro para medir a aceitação do público brasileiro. O preço não seria problema: na Europa, o modelo 2.2 custa 33,8 mil (pouco menos de R$ 95 mil), enquanto o 3.2 V6 sai por 43,8 mil (em torno de R$ 120 mil). No mesmo continente, em outra comparação com o Audi TT, os preços ficam próximos. A nova versão 3.2 V6, de 250 cv, tem preço de 39,9 mil (R$ 112 mil). No Brasil, ela deverá ficar na casa de R$ 270 mil, como a atual versão topo de linha. (GERSON CAMPOS)


GERSON CAMPOS viajou a convite da Fiat; o carro foi cedido para avaliação pela montadora

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