São Paulo, domingo, 9 de agosto de 1998

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PEQUENO NOTÁVEL
Depois de vexame no ano passado, montadora prova que o carro passa pelo "teste do alce' sem capotar
Mercedes dá mais estabilidade ao Classe A

Divulgação
O Classe A, carro da Mercedes-Benz que recebeu equipamentos de segurança e modificações nos pneus e na suspensão


LUCIANO SOMENZARI

enviado especial à Alemanha

Recheado de equipamentos de segurança, muitos dos quais inexistentes na primeira versão lançada na Europa em outubro passado, o Classe A foi apresentado pela Mercedes-Benz a jornalistas brasileiros na semana passada.
O carro será produzido no Brasil a partir do ano que vem -a primeira versão será a A 106, com motor de 1.600 centímetros cúbicos (cc) e 102 cavalos (cv) de potência- e, segundo a direção da Mercedes-Benz, será praticamente igual ao vendido na Alemanha.
O Classe A vem com freios ABS (antitravamento), airbags, sistema auxiliar de frenagem (BAS), sistema de controle de tração (ASR) e chassi reforçado contra impactos.
Até há poucos meses, o chamado Baby Benz foi motivo de chacota. No dia 24 de outubro de 97, um jornalista sueco capotou o carro numa avaliação inaugural denominada "teste do desvio do alce".
Jornais, revistas e TVs de todo o mundo exibiram as imagens do Classe A com as rodas para o ar (o teste consiste de um desvio abrupto a uma velocidade de cerca de 60 km/h num circuito em forma de "S", sem a utilização dos freios).
Para reparar os riscos na pintura quase imaculada da imagem, a Mercedes-Benz antecipou a instalação de equipamentos de segurança e promoveu mudanças na suspensão e nos pneus. O preço final do carro não sofreu alteração.
O conjunto desses equipamentos foi batizado pela Mercedes de Programa Eletrônico de Estabilidade -que reúne ABS, BAS (sistema de frenagem assistida nas ocasiões em que o motorista não emprega força suficiente no pedal) e ASR (dispositivo que evita o rodar em falso durante a aceleração).

"Popular"
Com as modificações feitas, o Classe A ganhou mais estabilidade, como foi confirmado em avaliação feita pela Folha em uma pista de aeroporto perto de Stuttgart.
Para um carro de sua categoria, o pequeno da Mercedes mostra valentia e agilidade no trânsito urbano. O motor de 102 cv é suficiente para dar força e velocidade na medida exata de seu porte.
Câmbio de engates macios e razoável conforto interno também devem ser destacados num monovolume de reduzidas dimensões.
Apenas o volante torna-se um item de incômodo. Sem quase nenhuma inclinação, o motorista tem de dirigir com os braços um pouco mais arcados.
Ainda não se sabe quanto o Classe A custará depois de ser produzido em Juiz de Fora (MG). As pistas indicam que o preço estará longe dos chamados "populares".



Luciano Somenzari viajou à Alemanha a convite da Mercedes-Benz do Brasil





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