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PEQUENO NOTÁVEL
Depois de vexame no ano passado, montadora prova que o carro passa pelo "teste do alce' sem capotar
Mercedes dá mais estabilidade ao Classe A
Divulgação
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O Classe A, carro da Mercedes-Benz que recebeu equipamentos de segurança e modificações nos pneus e na suspensão
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LUCIANO SOMENZARI
enviado especial à Alemanha
Recheado de equipamentos de
segurança, muitos dos quais inexistentes na primeira versão lançada na Europa em outubro passado, o Classe A foi apresentado pela
Mercedes-Benz a jornalistas brasileiros na semana passada.
O carro será produzido no Brasil
a partir do ano que vem -a primeira versão será a A 106, com
motor de 1.600 centímetros cúbicos (cc) e 102 cavalos (cv) de potência- e, segundo a direção da
Mercedes-Benz, será praticamente
igual ao vendido na Alemanha.
O Classe A vem com freios ABS
(antitravamento), airbags, sistema
auxiliar de frenagem (BAS), sistema de controle de tração (ASR) e
chassi reforçado contra impactos.
Até há poucos meses, o chamado
Baby Benz foi motivo de chacota.
No dia 24 de outubro de 97, um
jornalista sueco capotou o carro
numa avaliação inaugural denominada "teste do desvio do alce".
Jornais, revistas e TVs de todo o
mundo exibiram as imagens do
Classe A com as rodas para o ar (o
teste consiste de um desvio abrupto a uma velocidade de cerca de 60
km/h num circuito em forma de
"S", sem a utilização dos freios).
Para reparar os riscos na pintura
quase imaculada da imagem, a
Mercedes-Benz antecipou a instalação de equipamentos de segurança e promoveu mudanças na
suspensão e nos pneus. O preço final do carro não sofreu alteração.
O conjunto desses equipamentos foi batizado pela Mercedes de
Programa Eletrônico de Estabilidade -que reúne ABS, BAS (sistema de frenagem assistida nas
ocasiões em que o motorista não
emprega força suficiente no pedal)
e ASR (dispositivo que evita o rodar em falso durante a aceleração).
"Popular"
Com as modificações feitas, o
Classe A ganhou mais estabilidade, como foi confirmado em avaliação feita pela Folha em uma pista de aeroporto perto de Stuttgart.
Para um carro de sua categoria,
o pequeno da Mercedes mostra
valentia e agilidade no trânsito urbano. O motor de 102 cv é suficiente para dar força e velocidade
na medida exata de seu porte.
Câmbio de engates macios e razoável conforto interno também
devem ser destacados num monovolume de reduzidas dimensões.
Apenas o volante torna-se um
item de incômodo. Sem quase nenhuma inclinação, o motorista
tem de dirigir com os braços um
pouco mais arcados.
Ainda não se sabe quanto o Classe A custará depois de ser produzido em Juiz de Fora (MG). As pistas
indicam que o preço estará longe
dos chamados "populares".
Luciano Somenzari viajou à Alemanha a convite da Mercedes-Benz do Brasil
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