São Paulo, domingo, 09 de dezembro de 2007

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Câmbio da Meriva parece, mas não é

Versão topo de linha agora é equipada com caixa automatizada, que a deixa mais lenta e "beberrona"

DA REDAÇÃO

Uma antiga propaganda ficou famosa com o slogan "parece, mas não é". Agora, a Chevrolet Meriva não o ressuscitou, mas o usa. A minivan ganhou um câmbio que parece automático, mas é, na verdade, uma caixa manual automatizada.
"Não tenho dúvida de que tem gente que vai usar como automática", observa Samuel Russell, diretor de marketing da Chevrolet. "É uma tecnologia diferente da que o brasileiro está acostumado."
No dia-a-dia, o motorista vai sentir que o chamado câmbio Easytronic é um automático que dá trancos na passagem das marchas ou que faz o carro sofrer em subidas por trocar as marchas na hora errada.
Para resolver o inconveniente, o segredo é passar as marchas manualmente, como se a condução fosse com um Tiptronic. Mas é bom ser paciente: o manual faz a Meriva ir a 100 km/h em 12,45s com gasolina, e o automatizado leva 14,29s.
O consumo também piora. Em trajeto urbano, são 700 metros a menos com um litro de álcool. Isso quer dizer que um tanque obriga o motorista a rodar 36,8 km a menos. Supondo que rode 1.000 km num mês, a diferença seria de aproximadamente R$ 20 -R$ 240 anuais.
Segundo testes feito em laboratório pela montadora, o câmbio automatizado propicia uma economia de 3% em relação ao manual e de 10% em comparação com o automático -ele não foi escolhido para equipar a Meriva por custar o dobro e ter uma manutenção mais cara.
Esses R$ 240 podem parecer pouco, mas é preciso ter em mente mais um gasto. A Meriva Easytronic só está disponível na versão topo de linha e custa R$ 54.314. Manual, a minivan tem três opções, que vão de R$ 44.365 a R$ 53.870.
Voltada para as grandes cidades -será vendida inicialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro-, a Meriva Premium vem com ar-condicionado, direção hidráulica e trio elétrico. Antes do novo câmbio, ela tinha airbag e freios com ABS (antitravamento), agora opcionais que saem por R$ 3.500.

Elas
Ainda que haja treinamento para a rede de concessionários vender o câmbio automatizado, são as mulheres que estão no alvo da montadora.
Hoje, elas dividem o mercado igualmente com os homens, mas a campanha de marketing é em parceria com a marca Maria Bonita Extra. Foi criada uma coleção de "peças versáteis", como um vestido tomara-que-caia que se transforma em mochila. (JOSÉ AUGUSTO AMORIM)


O carro foi cedido para teste pela montadora
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA www.maua.br 0/xx/11/4239-3092


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