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Câmbio da Meriva parece, mas não é
Versão topo de linha agora é equipada com caixa automatizada, que a deixa mais lenta e "beberrona"
DA REDAÇÃO
Uma antiga propaganda ficou famosa com o slogan "parece, mas não é". Agora, a Chevrolet Meriva não o ressuscitou,
mas o usa. A minivan ganhou
um câmbio que parece automático, mas é, na verdade, uma
caixa manual automatizada.
"Não tenho dúvida de que
tem gente que vai usar como
automática", observa Samuel
Russell, diretor de marketing
da Chevrolet. "É uma tecnologia diferente da que o brasileiro
está acostumado."
No dia-a-dia, o motorista vai
sentir que o chamado câmbio
Easytronic é um automático
que dá trancos na passagem das
marchas ou que faz o carro sofrer em subidas por trocar as
marchas na hora errada.
Para resolver o inconveniente, o segredo é passar as marchas manualmente, como se a
condução fosse com um Tiptronic. Mas é bom ser paciente:
o manual faz a Meriva ir a 100
km/h em 12,45s com gasolina, e
o automatizado leva 14,29s.
O consumo também piora.
Em trajeto urbano, são 700 metros a menos com um litro de
álcool. Isso quer dizer que um
tanque obriga o motorista a rodar 36,8 km a menos. Supondo
que rode 1.000 km num mês, a
diferença seria de aproximadamente R$ 20 -R$ 240 anuais.
Segundo testes feito em laboratório pela montadora, o câmbio automatizado propicia uma
economia de 3% em relação ao
manual e de 10% em comparação com o automático -ele não
foi escolhido para equipar a
Meriva por custar o dobro e ter
uma manutenção mais cara.
Esses R$ 240 podem parecer
pouco, mas é preciso ter em
mente mais um gasto. A Meriva
Easytronic só está disponível
na versão topo de linha e custa
R$ 54.314. Manual, a minivan
tem três opções, que vão de
R$ 44.365 a R$ 53.870.
Voltada para as grandes cidades -será vendida inicialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro-, a Meriva Premium
vem com ar-condicionado, direção hidráulica e trio elétrico.
Antes do novo câmbio, ela tinha airbag e freios com ABS
(antitravamento), agora opcionais que saem por R$ 3.500.
Elas
Ainda que haja treinamento
para a rede de concessionários
vender o câmbio automatizado,
são as mulheres que estão no
alvo da montadora.
Hoje, elas dividem o mercado
igualmente com os homens,
mas a campanha de marketing
é em parceria com a marca Maria Bonita Extra. Foi criada
uma coleção de "peças versáteis", como um vestido tomara-que-caia que se transforma em
mochila.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)
O carro foi cedido para teste pela montadora
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092
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