São Paulo, domingo, 10 de fevereiro de 2008

Texto Anterior | Índice

peças & acessórios

Carro batido tem segurança e revenda comprometidas

Acidente causa defeitos, como instabilidade, e reduz valor de usado

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Depois de fechar negócio numa loja de usados, o consumidor descobre que seu veículo tem problemas -como infiltrações d'água nas portas, dificuldade para alinhar a suspensão e até perda de estabilidade- causados por uma batida forte.
Mais tarde, ao tentar revender o automóvel, descobre que as lojas vão pagar bem abaixo da tabela. Essa cena, relativamente comum, poderá ser evitada se for feita uma checagem antes de fechar o negócio.
"O ideal é levar um profissional para avaliar o carro", diz Angelo Coelho, presidente do Sindifupi-SP (Sindicato da Indústria de Funilaria e Pintura do Estado de São Paulo). "Assim será possível conhecer o estado real do veículo." Se isso não for possível, há algumas dicas que ajudam a evitar um prejuízo.
A primeira delas é examinar o veículo sempre em locais abertos e sob a luz do sol. Garagens fechadas e a luz artificial complicam o exame, pois a visualização da pintura pode ficar comprometida.
"Verifique o alinhamento dos vincos nas carrocerias e veja se o tamanho dos vãos entre as portas e os batentes é homogêneo", cita Ricardo Espinoza, gerente de vendas de carros usados da Viamar (Chevrolet).

Casca de laranja
Um sinal de que a carroceria foi repintada está no brilho e na textura da superfície. "A tinta original de fábrica é brilhante e lisa, enquanto a usada nas oficinas é opaca e apresenta uma textura que chamamos de "casca de laranja'", afirma Geilson Higino de Almeida, avaliador da Primo Rossi (Volkswagen).
"Outros sinais de que houve repintura aparecem nas borrachas de vedação e nos selos de identificação colados nas colunas", aponta Alexandre Tobal, gerente de vendas de usados da Sonnervig (Ford).
Peça a um corretor de seguros para fazer uma cotação para o veículo, informando a placa e o número do chassi. Caso ele já tenha sido recuperado após uma perda total (quando o valor do reparo supera o do carro em 75%), o sistema das seguradoras vai acusar o histórico.
O Código de Defesa do Consumidor diz que, nas compras efetuadas em lojas, o prazo para reclamação é de 90 dias. Se os defeitos não forem resolvidos em 30 dias, o cliente poderá exigir a troca do carro por outro similar, o cancelamento da compra ou o abatimento do preço. (EDUARDO HIROSHI)


Texto Anterior: Importado usado é barato; peças, caras
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.