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peças & acessórios
Carro batido tem segurança e revenda comprometidas
Acidente causa defeitos, como instabilidade, e reduz valor de usado
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Depois de fechar negócio numa loja de usados, o consumidor descobre que seu veículo
tem problemas -como infiltrações d'água nas portas, dificuldade para alinhar a suspensão e
até perda de estabilidade- causados por uma batida forte.
Mais tarde, ao tentar revender o automóvel, descobre que
as lojas vão pagar bem abaixo
da tabela. Essa cena, relativamente comum, poderá ser evitada se for feita uma checagem
antes de fechar o negócio.
"O ideal é levar um profissional para avaliar o carro", diz
Angelo Coelho, presidente do
Sindifupi-SP (Sindicato da Indústria de Funilaria e Pintura
do Estado de São Paulo). "Assim será possível conhecer o estado real do veículo." Se isso
não for possível, há algumas dicas que ajudam a evitar um prejuízo.
A primeira delas é examinar
o veículo sempre em locais
abertos e sob a luz do sol. Garagens fechadas e a luz artificial
complicam o exame, pois a visualização da pintura pode ficar comprometida.
"Verifique o alinhamento
dos vincos nas carrocerias e veja se o tamanho dos vãos entre
as portas e os batentes é homogêneo", cita Ricardo Espinoza,
gerente de vendas de carros
usados da Viamar (Chevrolet).
Casca de laranja
Um sinal de que a carroceria
foi repintada está no brilho e na
textura da superfície. "A tinta
original de fábrica é brilhante e
lisa, enquanto a usada nas oficinas é opaca e apresenta uma
textura que chamamos de "casca de laranja'", afirma Geilson
Higino de Almeida, avaliador
da Primo Rossi (Volkswagen).
"Outros sinais de que houve
repintura aparecem nas borrachas de vedação e nos selos de
identificação colados nas colunas", aponta Alexandre Tobal,
gerente de vendas de usados da
Sonnervig (Ford).
Peça a um corretor de seguros para fazer uma cotação para
o veículo, informando a placa e
o número do chassi. Caso ele já
tenha sido recuperado após
uma perda total (quando o valor do reparo supera o do carro
em 75%), o sistema das seguradoras vai acusar o histórico.
O Código de Defesa do Consumidor diz que, nas compras
efetuadas em lojas, o prazo para
reclamação é de 90 dias. Se os
defeitos não forem resolvidos
em 30 dias, o cliente poderá
exigir a troca do carro por outro
similar, o cancelamento da
compra ou o abatimento do
preço.
(EDUARDO HIROSHI)
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