São Paulo, domingo, 10 de agosto de 2008

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GT carrega na maquiagem para ocultar motor 2.0

Golf 2.0 ganha propulsor flexível e versão de aparência esportiva

DA REPORTAGEM LOCAL

Vendo rapidamente a foto acima, é fácil errar qual é o Volkswagen Golf e qual é sua versão esportiva GT. Não se deixe levar pelo amarelo vibrante que pode vir com o novo motor 2.0 bicombustível.
É fato que o GT carece de esportividade e leva um sobrenome que fez história na Ford e, claro, na própria VW. Ou esqueceu o adesivo que tomava o vidro traseiro do Gol GT 1986?
Salvo pequenos detalhes, o GT é cópia "ipsis litteris" do 2.0. Usam o mesmo motor de 116 cavalos com gasolina (120 cv com álcool), a mesma relação de marchas e o mesmo acerto de suspensão e de freios.
Por isso só o amarelo passou pelo teste Folha-Mauá. E foi bem. Não pelo ótimo desempenho, mas pelo equilíbrio entre as acelerações usando álcool e, em seguida, gasolina.
A diferença média não chega a 0,5s, com menos ruído quando o motor leva o derivado do petróleo. Quarta e quinta marchas alongadas contribuem.

Cosmética
O preto é a cor escolhida para a grade dianteira, as máscaras dos faróis e das lanternas e o aerofólio traseiro. Na ponta do lápis, para a VW, é mais barato pintá-los de escuro que investir em peças realmente esportivas.
Aliás, há poucos anos, bonito era o carro com pára-choque, grade e aerofólio na cor do veículo. Deixá-los na cor preta era desleixo dos "populares".
Hoje até o novo Gol 1.0 traz uma cor só para tudo. Aí, a saída que a Volkswagen achou para deixar o Golf GT diferente foi torná-los novamente pretos.
Outro truque são os bancos com fartos apoios laterais e o volante de três raios do Passat -no 2.0, são quatro raios, que levam botões do toca-MP3 e do controlador de velocidade. Não que o do GT não permita: a VW só não quis trazer os comandos redondos de som do sedã.
O pacote "que-saudade-do-meu-Gol-GT" engloba também o escapamento duplo. Só no GT há dois canos expostos, que já foram o diferencial do Golf GTi. No Gol, há 22 anos, eles mudavam o ronco; no Golf, nem isso.
As rodas são outra mostra da tal moda de deixar escuro tudo o que era claro. Seus desenhos são idênticos, mas, no GT, as 16 polegadas têm hastes diamantadas e pintadas de preto.
"Tunado" ou não, esses detalhes não valem R$ 5.370 -o GT custa R$ 63.360, enquanto o 2.0 sai por R$ 57.990. E, em nenhum deles, há opção de câmbio automático Tiptronic, festejado há nove meses. Quem o quiser terá de comprar o Golf a gasolina. (FABIANO SEVERO)


Os carros foram cedidos pela Volkswagen

INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092



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