São Paulo, domingo, 10 de agosto de 2008

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Acima de 120 km/h, aerofólio sobe, e suspensão baixa 20 mm

DO ENVIADO ESPECIAL

Em Gross Dölln, o primeiro teste do 911 Carrera 4S é acelerar até 260 km/h e voltar imediatamente à imobilidade.
Um vídeo da Porsche mostrava o ex-piloto alemão Walter Röhrl ensinando a arrancar com o Carrera 4S. "Pressione a tecla Sport Plus, mantenha o pé esquerdo no freio, acelere até 6.500 rpm e solte o freio."
Na hora, os amortecedores metálicos enrijecem, a suspensão baixa 20 mm e os 385 cavalos dão uma pancada nas costas do motorista. A tração integral faz os pneus de 19" partirem sem deixar rastro de borracha.
Em 4,6s, diz a Porsche, o 911 está a 100 km/h. A 200 km/h, a direção hidráulica fica dura, e os eucaliptos ao lado da pista formam um corredor único.
O instrutor narra: "240, 250, 260". E grita: "Brake [freie]".
Sem pensar, as pastilhas "peitam" os discos de cerâmica com tanta violência que o cinto de três pontos esmaga o peito. Aqui, o aerofólio traseiro dá o ar da graça.
Todos prontos para as curvas de alta velocidade, que levam o Carrera ao limite, com ou sem PSM (controle de estabilidade).
No seco, quase nada muda. O PSM nem chega a entrar em ação, mesmo num circuito travado. À frente, o instrutor, com apenas uma mão -a outra manuseia o walkie-talkie- sobe as marchas com o polegar e as reduz com o indicador.
Já basta. O jeito é ligar o som Bose DTS 5.1 para um concerto clássico. Afinal, além de carros, Gross Dölln recebe também o festival anual de Bebersee. (FS)


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