São Paulo, domingo, 10 de outubro de 2004

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SEDÃ

Modelo da Nissan, vendido aqui até 96, será importado do México, país para o qual a filial brasileira exportará Frontier

Sentra volta ao Brasil depois de oito anos

JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A ZACATECAS (MÉXICO)

A Nissan realmente está decidida a oferecer mais do que modelos 4x4. Depois de passar a vender o esportivo 350Z em junho, chega a hora de importar, do México, o Sentra, sedã que já foi vendido no Brasil entre 1993 e 1996.
Beneficiada pelo acordo automotivo entre os dois países, a montadora quer uma pequena fatia de um mercado que representa 8% das vendas brasileiras. De quebra, vai brigar com Toyota e Honda e até pegar carona no sucesso das concorrentes.
O Corolla acumula 26.970 vendas até setembro, enquanto o Civic teve 14.995 unidades comercializadas. Com previsão de 150 vendas entre outubro e dezembro, a Nissan pesquisou potenciais clientes e descobriu que reconhecem a qualidade japonesa.
De fato, o Sentra é tão bem acabado quanto Corolla e Civic. Haverá uma versão única, a GXE. A Nissan irá trazer só o motor 1.8 16V com transmissão automática. Vai custar R$ 58 mil, e o único opcional será a pintura metálica.
É um preço competitivo. O Civic LXL sai por R$ 55.435, e o valor do Corolla XEi é R$ 59.099. O Sentra ainda leva vantagem de ser o único a trazer freios com ABS (antitravamento), mas só o Civic tem piso traseiro plano.
O Sentra terá trio elétrico, direção hidráulica, airbag duplo e alarme, além de pára-choque, frisos, maçanetas e retrovisores pintados na cor do automóvel.
O motor 1.8 do Sentra gera 115 cv (cavalos) e 15,9 kgfm de torque (força). Com quatro passageiros e porta-malas cheio, ele sofreu para subir as ladeiras de Zacatecas. O câmbio, de quatro velocidades, não ajuda nas ultrapassagens. A Nissan diz que seus concorrentes têm motorizações semelhantes -o Civic também tem 115 cv, mas o Corolla conta com 136 cv.
Outro ponto negativo do Nissan é seu desenho. Ele é de 1999, e a nova geração chega no meio de 2006. Usará a mesma plataforma do novo Renault Mégane -Renault e Nissan fazem parte de um mesmo grupo-, que será feito no Paraná no próximo ano.
Mas isso não quer dizer que o sedã ganhará cidadania brasileira. Haverá um intercâmbio de Sentra mexicano e Mégane brasileiro, como prevê o acordo entre os países. E aí está o motivo de importar o Sentra: a partir de 2006, o Brasil começa a exportar a Frontier.


José Augusto Amorim viajou a convite da Nissan do Brasil Automóveis

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