São Paulo, domingo, 10 de outubro de 2010

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Salão de motos de Colônia cria falso clima de otimismo

Mercado europeu cai 7% em 2010, mas o Intermot, na Alemanha, tenta reanimar segmento com lançamentos de motos grandes

ARTHUR CALDEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE COLÔNIA (ALEMANHA)

Depois da queda de 25% nas vendas de motos em 2009, a 7ª edição do Intermot (sigla para Feira Internacional de Motos e Scooters) é um "vento no rosto" do mercado europeu. A mostra conta com as quatro grandes japonesas -Honda, Kawasaki, Suzuki e Yamaha- e as principais marcas europeias.
Em Colônia, na Alemanha, há muitas estreias mundiais, como a nova K 1600, da BMW, nas versões GT e GTL, com motor de seis cilindros em linha e 1.649 cm3 projetados para viagens longas.
Outra novidade dos modelos é o farol direcional (Adaptive Headlight), inédito em motos, que direciona a luz de xenônio de acordo com a inclinação e a direção da moto.
"Provamos que podemos sobreviver em tempos difíceis, desde que invistamos de forma certa", afirma Hendrik Von Kuenheim, diretor-geral da BMW Motorrad.
Já a Suzuki apresenta, entre esportivas renovadas, uma moto "naked" (pelada, sem carenagem) para uso urbano: a GSR 750. Seguindo a receita de sucessos de venda, como a Honda CB600F Hornet, a GSR tem linhas futuristas e motor esportivo, mas com melhor ergonomia.
Outro lançamento do mesmo segmento que chama a atenção é a nova Triumph Speed Triple 1050. A famosa moto inglesa ganhou novo chassi e mais potência (135 cv) em seu motor de três cilindros em linha e 1.050 cm3.
No visual, trocou os clássicos faróis redondos por pontiagudos. "Tivemos cuidado em mudar porque é nossa moto mais importante", diz Simon Warburton, gerente de produtos da Triumph.

SUPERESPORTIVAS
Os fabricantes que focavam em alto desempenho das superesportivas agora investem em segurança.
A preocupação, iniciada pela BMW com A S1000RR no final de 2009, chegou à italiana Aprilia e sua RSV4.
A nova versão da esportiva campeã mundial da Superbike em 2010, com o piloto Max Biaggi, tem como grande novidade o sobrenome APRC, que "esconde" controle de tração e dispositivo que evita que a moto empine.
Outra estreia é a Kawasaki Ninja ZX-10R. Nova do motor ao desenho da carenagem, a Ninja de 1.000 cc tem, segundo a marca, potência de 200 cv -a maior entre as esportivas de série. Para conter a "força", a marca também adota controle de tração e freios ABS de uso esportivo.
A Honda não apresentou novidades, e a Yamaha, apenas uma scooter elétrica.


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