São Paulo, domingo, 11 de junho de 2006

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Peças & acessórios

A cada 10 mil quilômetros, veículo deve ser "filtrado"

Troca de filtros de óleo, combustível e ar evita que outras peças estraguem

ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Eles podem até parecer invisíveis no dia-a-dia, mas os filtros do veículo exigem atenção. Os de óleo, de combustível e de ar exigem manutenção preventiva para não prejudicar componentes importantes e caros, como a injeção eletrônica e a bomba de combustível. Já o filtro de cabine, quando em bom estado, evita que partículas e gases nocivos entrem no carro.
O filtro de combustível, por exemplo, protege o sistema de injeção, além de diminuir o nível de emissões e o consumo de combustível. "O combustível sujo é a principal causa de desgaste prematuro do componente, que deve ser substituído em intervalos de 10 mil quilômetros ou de acordo com a especificação do fabricante", comenta Paulo Souza, 42, gerente de assistência técnica da Bosch.
O entupimento desse filtro pode ser notado quando o combustível tem fluxo lento e o motor perde força. Também é possível ouvir a bomba funcionar. A conseqüência é que ela trabalha com mais força, o que pode levar à sua queima.
Hailton Viana Júnior, 43, da Filtros Mann, diz que o filtro de óleo não precisa ser trocado a cada troca do líquido. Mas, para que o óleo contaminado não venha a sujar o filtro novo, é recomendado a substituição total.

Ar da cabine
Já o filtro de ar evita o desgaste prematuro das peças móveis do motor e também ajuda no consumo de combustível. O intervalo de troca é variável.
"Carros que andam muito em cidades e em estradas de terra, locais com muita poeira, devem fazer a manutenção antes do prazo sugerido pela montadora", aconselha Laércio Freitas da Silva, gerente da oficina Center Lube.
O filtro de ar é o único que pode ser limpo: "O ideal é trocar, mas é possível jogar um jato de ar contra o filtro para expulsar as partículas presas. Isso deve ser feito com cuidado e com certa distância da peça para não furar o elemento filtrante", explica Silva. Os fabricantes alertam que isso pode alterar o tamanho dos poros.
O filtro de cabine tornou-se um item essencial, principalmente nos grandes centros urbanos. Ele já equipa grande parte dos modelos nacionais: "A maioria dos veículos fabricados a partir de 2000 saem com filtro de cabine, sem necessariamente ter ar-condicionado", diz Álvaro Pinheiro, 42, supervisor da Midas.
Sua função é impedir a entrada na cabine de partículas de pó, fuligem e pólen, isso sem falar em germes e bactérias. A troca também deve ser realizada a cada 10 mil quilômetros ou a cada ano, evitando possíveis complicações respiratórias.
Quando for trocar o filtro, o motorista deve checar também os dutos por onde o ar circula, que igualmente devem ser limpos. "O filtro saturado vai forçar o sistema de ventilação, que pode diminuir a vida útil do ventilador", alerta Pinheiro.


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