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Peças & acessórios
A cada 10 mil quilômetros, veículo deve ser "filtrado"
Troca de filtros de óleo, combustível e ar evita que outras peças estraguem
ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Eles podem até parecer invisíveis no dia-a-dia, mas os filtros do veículo exigem atenção.
Os de óleo, de combustível e de
ar exigem manutenção preventiva para não prejudicar componentes importantes e caros,
como a injeção eletrônica e a
bomba de combustível. Já o filtro de cabine, quando em bom
estado, evita que partículas e
gases nocivos entrem no carro.
O filtro de combustível, por
exemplo, protege o sistema de
injeção, além de diminuir o nível de emissões e o consumo de
combustível. "O combustível
sujo é a principal causa de desgaste prematuro do componente, que deve ser substituído
em intervalos de 10 mil quilômetros ou de acordo com a especificação do fabricante", comenta Paulo Souza, 42, gerente
de assistência técnica da Bosch.
O entupimento desse filtro
pode ser notado quando o combustível tem fluxo lento e o motor perde força. Também é possível ouvir a bomba funcionar.
A conseqüência é que ela trabalha com mais força, o que pode
levar à sua queima.
Hailton Viana Júnior, 43, da
Filtros Mann, diz que o filtro de
óleo não precisa ser trocado a
cada troca do líquido. Mas, para
que o óleo contaminado não venha a sujar o filtro novo, é recomendado a substituição total.
Ar da cabine
Já o filtro de ar evita o desgaste prematuro das peças móveis do motor e também ajuda
no consumo de combustível. O
intervalo de troca é variável.
"Carros que andam muito
em cidades e em estradas de
terra, locais com muita poeira,
devem fazer a manutenção antes do prazo sugerido pela
montadora", aconselha Laércio
Freitas da Silva, gerente da oficina Center Lube.
O filtro de ar é o único que
pode ser limpo: "O ideal é trocar, mas é possível jogar um jato de ar contra o filtro para expulsar as partículas presas. Isso
deve ser feito com cuidado e
com certa distância da peça para não furar o elemento filtrante", explica Silva. Os fabricantes alertam que isso pode alterar o tamanho dos poros.
O filtro de cabine tornou-se
um item essencial, principalmente nos grandes centros urbanos. Ele já equipa grande
parte dos modelos nacionais:
"A maioria dos veículos fabricados a partir de 2000 saem
com filtro de cabine, sem necessariamente ter ar-condicionado", diz Álvaro Pinheiro, 42,
supervisor da Midas.
Sua função é impedir a entrada na cabine de partículas de
pó, fuligem e pólen, isso sem falar em germes e bactérias. A
troca também deve ser realizada a cada 10 mil quilômetros ou
a cada ano, evitando possíveis
complicações respiratórias.
Quando for trocar o filtro, o
motorista deve checar também
os dutos por onde o ar circula,
que igualmente devem ser limpos. "O filtro saturado vai forçar o sistema de ventilação, que
pode diminuir a vida útil do
ventilador", alerta Pinheiro.
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