São Paulo, domingo, 11 de julho de 2004

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IMPORTADO

Sem o desempenho do RS6, modelo da Audi traz pouca alteração estética em relação ao A4, e motor V8
tem 344 cv


Sob encomenda, S4 oferece diversão aos "tímidos"

JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A CAMPOS DO JORDÃO

A família S4 estava no Salão de São Paulo dois anos atrás. Mas pouca gente prestou atenção, pois o local era estrelado por RS6 e A8, apresentado mundialmente dias antes. Agora, perua e sedã podem ir à garagem de qualquer brasileiro, desde que encomendados em uma revenda da Audi.
A idéia é não deixar no estoque das autorizadas um modelo quase exclusivo. A previsão é que, a cada ano, no máximo 15 empolgados motoristas se interessem por esse A4 diferenciado. ""Além disso, o cliente consegue personalizar o carro", diz Jaroslav Sussland, diretor de vendas da Audi Senna.
O grande atrativo do S4 é o motor, 126 cv (cavalos) mais potente que o A4 normal equipado com um 3.0 V6 (seis cilindros em "V"). De acordo com a fábrica, o S4 é o primeiro modelo médio a usar um propulsor V8, com direito a 344 cv e 41,8 kgfm. A versão anterior vinha com um 2.7 V6 biturbo, o mesmo do A6 e que gera 250 cv.
O "upgrade" foi possível graças ao desenho compacto do motor, 52 mm mais curto. Os engenheiros desenvolveram um sistema de acionamento por corrente para o comando de válvulas e o instalou na saída de força do V8.
Ele funciona em parceria com o câmbio Tiptronic, de seis velocidades e com trocas manuais por borboletas atrás do volante. Sussland acredita que poucos clientes vão optar pelo câmbio manual.
A versão Cabriolet, a primeira opção conversível na história da gama S, não está homologada para o Brasil.
Segundo os números divulgados pela montadora, o S4 chega a 100 km/h em 5,8 segundos -o S6, de 340 cv e testado pela Folha em 2001, leva 5,7s. Para o novo modelo atingir 200 km/h, são necessários 20,6 segundos. Sua velocidade máxima é limitada eletronicamente a 250 km/h.
Em relação ao A4, o S4 traz algumas alterações estéticas -que podem até "soar" como tuning para os mais tradicionalistas.
Os pára-choques são mais volumosos e pintados, e há grandes entradas de ar. Os faróis, de xenônio, estão numa caixa de titânio, e a carcaça dos retrovisores é de alumínio polido. O sedã oferece um discreto aerofólio. Os instrumentos são de cor cinza.
Por tudo isso, o consumidor paga R$ 369,7 mil se escolher o sedã e assina um cheque de R$ 381,2 mil se optar pela perua -ela não tem concorrentes no Brasil.
No valor, estão incluídos todos os itens de conforto e segurança, como ar-condicionado inteligente, teto solar com sensor de calor, som Bose e freios ABS (antitravamento) e EBD (distribuição da força de frenagem).
Apesar de ter quatro portas, o principal inimigo do S4 é o cupê BMW M3. Com 343 cv e aceleração de 0 a 100 km/h em 5,2s, esse outro alemão custa R$ 380 mil.
Outra opção de modelo "comportado" que tem versão esportiva é o Volvo S60, que tem 300 cv e custa R$ 252 mil. Hoje, a Mercedes não oferece nenhum modelo da Classe C com preparação de sua divisão esportiva, a AMG.

A3
A Audi vai importar, a partir do final do ano que vem, a nova geração do hatchback A3, cuja versão de quatro portas, Sportback, foi apresentada recentemente na Europa. Com isso, ele deve ficar bem mais caro, já que terá de pagar Imposto de Importação. Outro fator que deixará o carro mais caro é o seu nível tecnológico. Hoje, o A3 paranaense custa de R$ 59.686 a R$ 90.433. A versão montada no Brasil será produzida por todo ano de 2005.


José Augusto Amorim viajou a convite da Audi Senna


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