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IMPORTADO
Sem o desempenho do RS6, modelo da Audi traz pouca alteração estética em relação ao A4, e motor V8 tem 344 cv
Sob encomenda, S4 oferece diversão aos "tímidos"
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A CAMPOS DO JORDÃO
A família S4 estava no Salão de
São Paulo dois anos atrás. Mas
pouca gente prestou atenção, pois
o local era estrelado por RS6 e A8,
apresentado mundialmente dias
antes. Agora, perua e sedã podem
ir à garagem de qualquer brasileiro, desde que encomendados em
uma revenda da Audi.
A idéia é não deixar no estoque
das autorizadas um modelo quase
exclusivo. A previsão é que, a cada
ano, no máximo 15 empolgados
motoristas se interessem por esse
A4 diferenciado. ""Além disso, o
cliente consegue personalizar o
carro", diz Jaroslav Sussland, diretor de vendas da Audi Senna.
O grande atrativo do S4 é o motor, 126 cv (cavalos) mais potente
que o A4 normal equipado com
um 3.0 V6 (seis cilindros em "V").
De acordo com a fábrica, o S4 é o
primeiro modelo médio a usar
um propulsor V8, com direito a
344 cv e 41,8 kgfm. A versão anterior vinha com um 2.7 V6 biturbo,
o mesmo do A6 e que gera 250 cv.
O "upgrade" foi possível graças
ao desenho compacto do motor,
52 mm mais curto. Os engenheiros desenvolveram um sistema de
acionamento por corrente para o
comando de válvulas e o instalou
na saída de força do V8.
Ele funciona em parceria com o
câmbio Tiptronic, de seis velocidades e com trocas manuais por
borboletas atrás do volante. Sussland acredita que poucos clientes
vão optar pelo câmbio manual.
A versão Cabriolet, a primeira
opção conversível na história da
gama S, não está homologada para o Brasil.
Segundo os números divulgados pela montadora, o S4 chega a
100 km/h em 5,8 segundos -o S6,
de 340 cv e testado pela Folha em
2001, leva 5,7s. Para o novo modelo atingir 200 km/h, são necessários 20,6 segundos. Sua velocidade máxima é limitada eletronicamente a 250 km/h.
Em relação ao A4, o S4 traz algumas alterações estéticas -que
podem até "soar" como tuning
para os mais tradicionalistas.
Os pára-choques são mais volumosos e pintados, e há grandes
entradas de ar. Os faróis, de xenônio, estão numa caixa de titânio, e
a carcaça dos retrovisores é de
alumínio polido. O sedã oferece
um discreto aerofólio. Os instrumentos são de cor cinza.
Por tudo isso, o consumidor paga R$ 369,7 mil se escolher o sedã
e assina um cheque de R$ 381,2
mil se optar pela perua -ela não
tem concorrentes no Brasil.
No valor, estão incluídos todos
os itens de conforto e segurança,
como ar-condicionado inteligente, teto solar com sensor de calor,
som Bose e freios ABS (antitravamento) e EBD (distribuição da
força de frenagem).
Apesar de ter quatro portas, o
principal inimigo do S4 é o cupê
BMW M3. Com 343 cv e aceleração de 0 a 100 km/h em 5,2s, esse
outro alemão custa R$ 380 mil.
Outra opção de modelo "comportado" que tem versão esportiva é o Volvo S60, que tem 300 cv e
custa R$ 252 mil. Hoje, a Mercedes não oferece nenhum modelo
da Classe C com preparação de
sua divisão esportiva, a AMG.
A3
A Audi vai importar, a partir do
final do ano que
vem, a nova geração do hatchback
A3, cuja versão de
quatro portas,
Sportback, foi apresentada recentemente na Europa.
Com isso, ele deve
ficar bem mais caro, já que terá de
pagar Imposto de
Importação. Outro
fator que deixará o
carro mais caro é o
seu nível tecnológico. Hoje, o A3 paranaense custa de
R$ 59.686 a
R$ 90.433. A versão
montada no Brasil
será produzida por
todo ano de 2005.
José Augusto Amorim viajou a convite
da Audi Senna
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