São Paulo, domingo, 11 de julho de 2004

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ALEMÃES

Mercedes-Benz apresenta a sua linha 2005, que inclui conversível com novo sistema de ar; Classe A muda pouco

Contra o frio, roadster aquece até pescoço

DO ENVIADO ESPECIAL A ATIBAIA

A linha 2005 da Mercedes-Benz chegou neste mês às revendas da marca. Isso significa que estão à disposição do consumidor desde o Classe A, por preço a partir de R$ 41.803, até o novo SLK, por US$ 78.600 (cerca de R$ 240 mil).
As principais mudanças aconteceram justamente no roadster e cupê SLK. Com novo desenho da grade, capô longo e portas largas, o conversível de dois lugares ganhou um sistema inédito que proporciona até aquecimento de pescoço para rodar com capota abaixada em dias frios.
A Mercedes diz que o carro está sendo lançado simultaneamente no mercado mundial. Conforme a montadora, o SLK 200 Kompressor vai de 0 a 100 km/h em 7,9s (o BMW Z4, que custa R$ 280 mil, faz em 5,9s, segundo a empresa). A capota rígida, dobrável ao toque de um botão, é recolhida em 22 segundos.
No aspecto de segurança, o carro ganhou pela primeira vez airbags de dois estágios, que inflam mais ou menos de acordo com a gravidade do acidente.

"Popular"
O Classe A, que é o único modelo nacional e o mais "popular" da Mercedes, foi o que teve menos alterações. Por fora, as mudanças no monovolume foram nos pára-choques e nas laterais, que ganharam frisos. Na versão básica (Classic), o friso é preto. Nas outras opções (Avantgarde e Elegance), tem a cor da carroceria. A intenção é proteger o corpo do carro de pequenos choques.
As novidades eletrônicas são o piloto automático e o limitador de velocidade programável, agora disponível para as três versões de acabamento. Selecionado um limite, o carro não passa daquilo.
O monovolume continua com dois motores (1.6 e 1.9) e três câmbios (manual, semi-automático ou automático seqüencial de cinco velocidades). O mais barato é o Classic A 160 (R$ 41.803), e o de maior preço é o A 190 Elegance com câmbio automático, que sai por R$ 57.267.
O problema é que, na Europa, o Classe A foi remodelado, e o modelo brasileiro ficou para trás. A Mercedes nega que vá interromper sua produção e importar o europeu. Segundo a companhia, ele será fabricado aqui enquanto o mercado o aceitar.
Os números não têm sido favoráveis. Até maio, vendeu 2.498 unidades, bem menos que modelos como o Honda Fit (13.539) e o Chevrolet Meriva (9.286).

Mais esportivos
Os sedãs, peruas e cupês da Classe C tiveram ajuste na suspensão e receberam novo painel (acabamento cromado dos mostradores e iluminação branca) e mais equipamentos (sistema especial para iluminação em curvas). Também há três versões: Classic (C 180 Kompressor), Elegance (C 320) e Avantgarde (C 230 Kompressor e C 320).
A motorização vai do normal ao superesportivo: começa com quatro cilindros (143 cv de potência), passa por V6 (seis cilindros em "V", com 218 cv) e chega a um inédito, na família, V8 (367 cv).
O novo desenho tenta dar mais esportividade à linha. Os preços vão de R$ 152.458 (C180 Kompressor) a R$ 402.256 (CLK 500).
Uma opção que pode agradar o consumidor de alto nível que quer espaço para a família e conforto para viajar é a perua E 320, por US$ 104.920 (R$ 320 mil). (ARMANDO PEREIRA FILHO)


Armando Pereira Filho, editor-assistente de Veículos e Construção, viajou a convite da Mercedes-Benz


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