São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 2011

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Após a crise, participação dos utilitários volta a superar a de automóveis nos EUA

Picapes médias e jipões atingiram 51% das vendas no mercado americano em 2010

RICARDO RIBEIRO
ENVIADO ESPECIAL A SÃO FRANCISCO

Enquanto no Brasil os médios, pela primeira vez, passaram os "populares", nos EUA isso ocorre há anos.
A diferença é que lá não há carro compacto nem com motor 1.0. E os "médios" deles são os "light trucks" (picapes médias e utilitários esportivos). Representam mais de 50% das vendas nos EUA.
Ou seja: para eles o Co- rolla é um sedã compacto, e não médio. A Ford Ranger é considerada uma picape leve, quase uma Fiat Strada para o Brasil. A linha F, que inclui a F-150 e a F-250, é a mais vendida no mercado americano há 35 anos.
A única mudança foi durante a crise. Em 2007, dos 16,1 milhões de carros vendidos nos EUA, 53% (8,5 milhões) eram "light trucks".
Em 2009, com a crise, a participação dos grandalhões baixou para 46%. Em 2010, porém, voltou a subir.
Dos 11,5 milhões de veículos vendidos, 5,92 milhões (51%) eram "light trucks".

ESPAÇO DE SOBRA
Para Stephen Wade, presidente da Nada (associação dos concessionários dos EUA, em inglês), algumas regiões americanas precisam dos carros grandes.
"Eu moro no Grand Ca- nyon, onde é preciso atravessar longas distâncias. Minha mulher se sente mais segura dirigindo uma picape", diz.
Wade afirma que os compactos, principalmente os elétricos, são feitos apenas para "os grandes centros urbanos, populosos, e para percorrer curtas distâncias".
As marcas japonesas, que mais apostam em híbridos e elétricos, perderam participação nos EUA (leia mais na pág. 22). As três grandes montadoras americanas (Ford, GM e Chrysler) atingiram 45% em 2010.

O jornalista viajou a convite da Fenabrave


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