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Teste Folha-Mauá
Desempenho do Palio 1.4 marca gol contra C3 e 206
Mais veloz, Fiat consome o mesmo que rivais; Peugeot tem preço, e Citroën, equipamentos
Roberto Assunção/Folha Imagem
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O 206 (à esq.) já foi substituído pelo 207 na Europa; o Palio (ao centro) foi reestilizado em março; o C3 (à dir.) francês já passou por uma leve mudança |
FABIANO SEVERO
DA REPORTAGEM LOCAL
Na Copa do Mundo de 2006,
mais de 2 bilhões de espectadores assistiram à final entre a
Itália e a França. Transportada
para o mundo automobilístico,
a disputa fica entre o Fiat Palio,
o Peugeot 206 e o Citroën C3.
Com motor 1.4, os três são
uma alternativa aos "populares". O Palio acabou de ser reestilizado, o 206 agora pode vir
com teto solar, e o C3 ganhou
duas versões de acabamento
(XTR e Exclusive).
A vantagem inicial é dos franceses -assim como foi quando
o argentino Horácio Elizondo
apitou o início do confronto. O
206 e o C3 trazem desenhos
consagrados e ainda atraentes,
apesar dos anos passados.
Outro bom lance dos franceses é o cuidado com o habitáculo. Ainda que usem plástico em
profusão, o C3 e o 206 têm painéis agradáveis.
Assim como o goleiro Barthez -que vinha bem até falhar
no gol italiano-, o C3 poderia
ser mais elogiado, até optar por
um pequeno painel. Não que
seja feio, mas é confuso.
O do Palio é o mesmo da versão Fire, que continua em linha
com a carroceria anterior, mas
com grafismos brancos e detalhes prateados no console.
O marcador de combustível é
digital e impreciso, exatamente
como o do C3. Nesse ponto, a
Peugeot não mexeu no time:
manteve o ponteiro analógico.
A Itália -ou o Palio- reage
durante o jogo. Segundo o teste
Folha-Mauá, a "Azzurra" cumpre arrancadas de 0 a 100 km/h
em 13,82s (com álcool), quase
2s a menos que os franceses. Ao
usarem gasolina, a diferença cai
para aproximadamente 1s.
Desempate
Nas retomadas de 80 a 120
km/h -aqueles "piques" até
superar o adversário e chegar
perto do gol-, o Palio também
faz bonito. Com álcool, crava
16,68s, enquanto o 206 precisa
de 17,55s, e o C3, de 18,51s.
Os franceses compartilham o
motor 1.4 com até 82 cv (cavalos) com o derivado da cana-de-açúcar. O Palio tem 1 cv a menos com o mesmo combustível.
Em consumo, o Palio empata
-o que no futebol já é uma
grande coisa- com o 206. Ambos percorrem mais de 15 km
com um litro de gasolina na estrada. O C3 não passa de 14 km,
o que não chega a ser exatamente um gol contra.
A semelhança entre o C3 e o
206 limita-se ao motor e à linha
de montagem. O preço inicial
do Peugeot é de R$ 26.990
(duas portas), enquanto a Citroën está vendendo seu compacto "premium" pelo valor
promocional de R$ 37,9 mil.
O 206, porém, chega a
R$ 38,7 mil com quatro portas,
ar-condicionado, direção hidráulica e vidros e trava elétricos. O C3 tem tudo isso, além de
computador de bordo e retrovisores regulados eletricamente.
Para oferecer todos esses
equipamentos no Palio, a Fiat
pede R$ 38.941. Seu carro só é
oferecido com quatro portas,
assim como o C3. Básico, o Palio parte de R$ 32.220. A versão
1.0 custa a partir de R$ 28,9 mil.
Mesmo com toda a raça -e
um descontrolado Zidane-, o
grito de campeão é da Itália, ou
do Palio. E a Fiat ergue a taça
sem xingar a irmã de ninguém.
Não é mesmo, Materazzi?
Os carros foram cedidos para teste pelas montadoras
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092
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