São Paulo, domingo, 13 de maio de 2007

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Teste Folha-Mauá

Desempenho do Palio 1.4 marca gol contra C3 e 206

Mais veloz, Fiat consome o mesmo que rivais; Peugeot tem preço, e Citroën, equipamentos

Roberto Assunção/Folha Imagem
O 206 (à esq.) já foi substituído pelo 207 na Europa; o Palio (ao centro) foi reestilizado em março; o C3 (à dir.) francês já passou por uma leve mudança


FABIANO SEVERO
DA REPORTAGEM LOCAL

Na Copa do Mundo de 2006, mais de 2 bilhões de espectadores assistiram à final entre a Itália e a França. Transportada para o mundo automobilístico, a disputa fica entre o Fiat Palio, o Peugeot 206 e o Citroën C3.
Com motor 1.4, os três são uma alternativa aos "populares". O Palio acabou de ser reestilizado, o 206 agora pode vir com teto solar, e o C3 ganhou duas versões de acabamento (XTR e Exclusive).
A vantagem inicial é dos franceses -assim como foi quando o argentino Horácio Elizondo apitou o início do confronto. O 206 e o C3 trazem desenhos consagrados e ainda atraentes, apesar dos anos passados.
Outro bom lance dos franceses é o cuidado com o habitáculo. Ainda que usem plástico em profusão, o C3 e o 206 têm painéis agradáveis.
Assim como o goleiro Barthez -que vinha bem até falhar no gol italiano-, o C3 poderia ser mais elogiado, até optar por um pequeno painel. Não que seja feio, mas é confuso.
O do Palio é o mesmo da versão Fire, que continua em linha com a carroceria anterior, mas com grafismos brancos e detalhes prateados no console.
O marcador de combustível é digital e impreciso, exatamente como o do C3. Nesse ponto, a Peugeot não mexeu no time: manteve o ponteiro analógico.
A Itália -ou o Palio- reage durante o jogo. Segundo o teste Folha-Mauá, a "Azzurra" cumpre arrancadas de 0 a 100 km/h em 13,82s (com álcool), quase 2s a menos que os franceses. Ao usarem gasolina, a diferença cai para aproximadamente 1s.

Desempate
Nas retomadas de 80 a 120 km/h -aqueles "piques" até superar o adversário e chegar perto do gol-, o Palio também faz bonito. Com álcool, crava 16,68s, enquanto o 206 precisa de 17,55s, e o C3, de 18,51s.
Os franceses compartilham o motor 1.4 com até 82 cv (cavalos) com o derivado da cana-de-açúcar. O Palio tem 1 cv a menos com o mesmo combustível.
Em consumo, o Palio empata -o que no futebol já é uma grande coisa- com o 206. Ambos percorrem mais de 15 km com um litro de gasolina na estrada. O C3 não passa de 14 km, o que não chega a ser exatamente um gol contra.
A semelhança entre o C3 e o 206 limita-se ao motor e à linha de montagem. O preço inicial do Peugeot é de R$ 26.990 (duas portas), enquanto a Citroën está vendendo seu compacto "premium" pelo valor promocional de R$ 37,9 mil.
O 206, porém, chega a R$ 38,7 mil com quatro portas, ar-condicionado, direção hidráulica e vidros e trava elétricos. O C3 tem tudo isso, além de computador de bordo e retrovisores regulados eletricamente.
Para oferecer todos esses equipamentos no Palio, a Fiat pede R$ 38.941. Seu carro só é oferecido com quatro portas, assim como o C3. Básico, o Palio parte de R$ 32.220. A versão 1.0 custa a partir de R$ 28,9 mil.
Mesmo com toda a raça -e um descontrolado Zidane-, o grito de campeão é da Itália, ou do Palio. E a Fiat ergue a taça sem xingar a irmã de ninguém. Não é mesmo, Materazzi?


Os carros foram cedidos para teste pelas montadoras

INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA

www.maua.br
0/xx/11/4239-3092


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