São Paulo, domingo, 13 de setembro de 2009

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Mercado de usados reage com crédito

Com a venda de 626 mil carros em agosto, perdas do segmento no acumulado do ano recuam para 8,1%

RICARDO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O mercado de carros usados vive seu melhor momento neste ano, apresentando sinais de recuperação, reflexo da maior oferta de crédito e da confiança do consumidor na economia.
Segundo dados da Fenabrave (federação das concessionárias), foram emplacadas 626.587 unidades em agosto, montante 1% inferior ao do mesmo período de 2008.
Já no acumulado do ano, as perdas, que eram de 12,7% no primeiro quadrimestre, passaram para 8,1%, a menor diferença desde janeiro.
"As pessoas estão mais confiantes para adquirir um usado", avalia Keyler Rocha, professor de economia da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo).
Foi o caso da consultora de viagens Lilian Pinheiro, 29, que esperou cerca de um ano até ter certeza de que era hora de comprar. "Estava esperando o cenário econômico melhorar", conta ela, que, na semana passada, bateu o martelo por um Peugeot 206 ano 2004.
Segundo a Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), o acumulado das carteiras de CDC (Crédito Direto ao Consumidor) e leasing para financiamento de veículos cresceu 12,3%, passando de R$ 132,9 bilhões em julho do ano passado para R$ 149,4 bilhões no mesmo mês de 2009, enquanto a taxa de juros média praticada por suas associadas caiu de 1,75% para 1,49% ao mês.

IPI
"A expectativa é a de que a oferta de crédito continue crescendo", avalia o presidente da entidade, Luiz Montenegro.
Mas, na avaliação da Assovesp (associação dos lojistas de São Paulo), a disponibilidade e a facilidade para a aprovação de crédito são maiores para o mercado de zero-quilômetro e o comprador de usado paga maiores taxas de juros.
Já a volta gradual do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para o zero-quilômetro, a partir de 1º de outubro, deve refletir no mercado. "Com o aumento do preço do carro novo, o usado ficará mais atrativo", prevê Rocha.

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