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Reais
Salão de Detroit, famoso por seus carros-conceito extravagantes, muda o tom e mostra o futuro próximo
Paul Sancya/Associated Press
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Acima, o híbrido Chevrolet Volt; abaixo, o utilitário Volvo XC60, previsto para 2008 |
FABIANO SEVERO
ENVIADO ESPECIAL A DETROIT
Ao longo dos cem anos do Salão de Detroit, nunca se falou
tanto do Brasil. Não por fofocas
com Daniela Cicarelli, mas pela
capacidade brasileira de produzir álcool a partir da cana-de-açúcar. Muitos protótipos
-marca registrada da mostra
americana- perceberam a necessidade de serem economicamente viáveis e optaram pelo
E85, uma mistura com 85% de
etanol e 15% de gasolina.
Usado em poucas partes dos
EUA, o E85 é o combustível que
impulsiona o motor 1.0 Turbo
do conceito Chevrolet Volt, um
dos destaques entre as 47 novidades de Detroit. Ao todo, são
19 estréias mundiais (três americanas) e 25 protótipos.
O pulo-do-gato do Volt não é
o motor pequeno que emite
menos poluentes, mas o fato de
ele alimentar um outro elétrico, que faz o carro andar. "Estamos fazendo um consórcio com
três empresas para baratear o
custo da bateria de lítio do motor elétrico", diz Rick Wagoner,
presidente mundial da GM, que
prevê o lançamento da tecnologia em cinco anos.
Considerado o novo 300C, o
conceito Chrysler Nassau traz a
inovação do "primo" Mercedes-Benz CLS -as duas marcas
pertencem ao mesmo grupo-
ao ser um cupê de quatro portas. Criado a público mais jovem, o interior tem o espaço de
um utilitário e bancos individuais para quatro pessoas.
Diesel para alemãs
Outros dois conceitos que
chamam a atenção em Detroit
são o Volvo XC60 e o Jaguar C-XF. Decidido a fazer carros
realmente atraentes esteticamente, Lewis Booth, diretor da
Ford Europa e de seu braço
PAG (Aston Martin, Land Rover, Jaguar e Volvo), criou carros que em nada lembram seus
antecessores "quadradões".
Provável substituto do S-Type, o sedã de quatro lugares
da Jaguar "peca" pela extravagância -mantém o motor V8
(oito cilindros em "V") de 420
cavalos. O Volvo, previsto para
ser produzido no segundo semestre de 2008, é mais racional: seu motor tem 3,2 litros,
seis cilindros e aceita E85.
No salão, que vai até o dia 21,
a Audi e a Mercedes-Benz reforçaram seu amor pelo diesel.
Compartilhando a tecnologia
Bluetec, os utilitários Mercedes GL 320 CDI e Audi Q7 V12
TDI Concept apareceram pela
primeira vez. A exemplo da Europa -que tem pouco mais da
metade da frota movida a diesel-, ambas acreditam que o
biodiesel seja o combustível a
ser explorado nesta década.
FABIANO SEVERO viajou a convite da Anfavea
NA INTERNET
www.naias.com
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