São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 2011

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Luz em Detroit

Salão americano espanta crise e mostra número recorde de carros que serão feitos no Brasil nos próximos 2 anos

FELIPE NÓBREGA
ENVIADO ESPECIAL A DETROIT

Apesar de o gelo ainda cobrir Detroit, o sol brilha forte sobre a cidade símbolo da indústria automotiva americana, encorajando os expositores da mostra, que abriu as portas ao público ontem e vai até o próximo domingo.
O reaquecimento da economia e a previsão de alta no preço da gasolina, no entanto, balizam os lançamentos.
Em vez de utilitários beberrões ou protótipos surreais, os astros são os carros elétricos -que enfim chegam à produção- e os compactos.
É assim que os americanos classificam os sedãs do porte do Honda Civic e do Toyota Corolla, rejuvenescidos no Cobo Hall. As modificações chegam às versões brasileiras até o final deste ano.
"O Civic apresentado aqui [nos EUA] é um conceito global e pode passar por alterações para atender ao mercado latino-americano", disse à Folha Toshiyuki Okumoto, chefe de design da Honda.
Mesmo tendo redesenhado toda a carroceria, Okumoto explica que mexeu radicalmente só na traseira do sedã. "Quis manter a identidade visual do carro, ainda que a dianteira pareça estar mais larga e baixa", diz.
A reestilização do Corolla é mais simples e envolve apenas para-choques, lanternas e faróis. O modelo é o líder do segmento no Brasil.
Até a Chrysler, em processo de reestruturação sob comando da Fiat, promete um sedã "inédito em dois anos" para competir com Civic e Corolla. Em 2011, só lançará as novas versões do 300, do Journey e da Town&Country.

FUTURO CELTA
No estande da Chevrolet, o grande lançamento é a linha Sonic (1.4 turbo e 1.8), que chega para ocupar o posto de menor veículo do grupo. O hatch, mostrado nas edições 2010 do Salão de Detroit e do de São Paulo -como o conceito Aveo RS-, dá as caras junto com a versão sedã.
A apresentação do Sonic -baseado no sucessor do Prisma nacional- nos EUA foi acompanhada por uma comitiva de executivos da GM de São Bernardo do Campo. "Ele tem chance [de ser produzido no Mercosul], sim", admite Marcos Munhoz, diretor-geral de comunicações da GM do Brasil, que planeja renovar a gama de produtos até 2013.
Antes, o Celta e o Prisma serão reestilizados. Com novos para-choques e melhorias no interior, serão apresentados no próximo mês.
Nos EUA, será o início da saga Fiat 500. O carrinho até ganhou enormes porta-copos e suspensão mais macia, para agradar aos americanos acostumados a picapes.
O melhor é que o 500 vendido lá sairá do México e também será vendido no Brasil no segundo semestre sem Imposto de Importação.
Hoje, custa R$ 60 mil. Tão assustador quanto a estimativa de preço da gasolina em junho nos EUA: US$ 4 o galão de 3,8 litros.

O jornalista viajou a convite da Anfavea

FOLHA.com
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