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peças & acessórios
"Tuning" de luxo chega a 2 milhões de euros
Personalização de carros já exclusivos, como os Rolls-Royce, usa couro de grife e madeira da Escandinávia
Fabiano Severo/Folha Imagem
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O Zagato Atelier buscou um ar neoclássico para o cupê Continental GT , mas quis manter a identidade da marca britânica
DO ENVIADO ESPECIAL A GENEBRA
"Só um louco faria isso com
um Rolls-Royce." A frase foi de
um segurança que trabalha no
pavilhão de exposições do Salão de Genebra, mas acabou repetida por muito mais gente
durante os dez dias da mostra.
É que, na Europa, "tuning" de
BMW, de Audi e até de Porsche
já se tornou comum. Mas não é
todo dia que um carro de luxo
de 1 milhão (R$ 2,6 milhões)
é modificado à altura da excentricidade de seu dono.
Uns optam por bancos de
couro da alemã Aigner. Outros,
por madeira de lei da Escandinávia. Basta escolher, e as empresas de "tuning" executam.
"O comprador, em geral, tem
de seis a dez carros na garagem
e quer algo diferente", observa
Benedikt Nevels, gerente de
contas da Carlsson, empresa
alemã que modificou um já raro Mercedes-Benz CL 65 AMG.
O CK 65 RS Eau Rouge ganhou rodas polidas de aro 21 e
um motor V12 (12 cilindros em
"V") turbinado de 720 cv (cavalos), levando o cupê dos originais 186 mil (R$ 485 mil) para 385 mil (R$ 1 milhão).
É pouco se comparado ao
preço estimado de 2 milhões
(R$ 5,2 milhões) do Bentley
GTZ. A obra de arte é do Zagato
Atelier, fundado em 1919.
Após ver outros projetos da
Zagato -como o Ferrari 575
GTZ (2006)-, Franz Paefgen,
presidente da Bentley, autorizou Andreas Zagato a "tunar" o
Continental GT Speed.
"Queríamos dar uma interpretação neoclássica ao estilo
britânico do GT, como num cupê dos anos 50", diz Zagato.
Para isso, o estúdio italiano
desenhou vincos bem definidos na lateral, um teto rebaixado e uma enorme grade em formato de grelha. A cor do GTZ?
Verde, como um clássico Bentley.
(FABIANO SEVERO)
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