Design polêmico do BMW Série 5 GT mascara a alta tecnologia, como projeções em 3D do GPS no para-brisa

Max Kirchbauer/Divulgação

O ex-designer Chris Bangle adotou o caimento de cupê; noX6, fez sucesso; já no Série 5GT...

PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA
ENVIADA ESPECIAL A MIAMI (EUA)

Não se trata exatamente de uma perua, de um hatch ou de um "crossover". Muito menos de um utilitário esportivo. A última criação de Chris Bangle desta vez chama a atenção por não ser parecida com nenhum BMW produzido até hoje.
No GT, "extensão futurista e atraente da Série 5", como a marca alemã o classifica, o polêmico ex-designer da BMW mescla a altura de um X5 com as linhas de um Série 7 e os traços do X6 (este, já um "mix" de utilitário esportivo e cupê).
O resultado: um carro de luxo (R$ 305 mil a R$ 340 mil) com desempenho de esportivo (motor 3.0 biturbo de seis cilindros em linha e 306 cv, com câmbio automático de oito marchas), conforto de sedã e versatilidade e posição de dirigir de utilitário.
Se há quem torça o nariz para o seu design -muitos, vale observar-, motorista e passageiros não têm do que reclamar em conforto: o espaço para as pernas e para a cabeça acomoda com bastante folga até quem tem altura acima da média.
O porta-malas é um capítulo à parte. Seu acesso pode ser realizado de duas maneiras: para acomodar objetos pequenos, a abertura é feita como em um sedã; caso sejam grandes, a tampa traseira se abre totalmente, como em um hatch.
E, se o objetivo é transformar o GT em uma picape, basta acionar um botão e esperar os bancos traseiros rebaterem-se automaticamente e o porta-malas saltar de 590 litros para impressionantes 1.700 litros!

3D
A BMW, aliás, espalhou tecnologia por toda parte. A mais recente é o sistema iDrive, que projeta em 3D, no para-brisa, as coordenadas do GPS.
No test-drive da Folha em Miami (EUA), o GT rodou com extrema suavidade: a direção é fácil de girar, e a suspensão, macia como a de um carro de luxo inglês. O carro "flutua".
Para quem gosta de direção esportiva, basta apertar outro botão para acionar o Controle Dinâmico de Direção, que deixa ainda mais rápidas as reações de motor e câmbio.
E, na hora de parar, os freios prometem a mesma eficiência: discos ventilados nas quatro rodas, além de ABS e distribuição eletrônica de frenagem.
Em resumo: no GT, a beleza é apenas um pequeno detalhe.