São Paulo, domingo, 16 de agosto de 2009

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Grand Livina leva até a mala da sogra na viagem

Dimensões elevadas garantem sete lugares e bom espaço interno, mas tiram agilidade para manobras; modelo parte de R$ 54.890

RICARDO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A balsa fazia a travessia entre Santos e Guarujá, no litoral de São Paulo, e um homem à janela perguntou: "Há quanto tempo esse carro está no Brasil?" Ficou espantado ao descobrir que ele é fabricado no Paraná.
O curioso voltou a seu Volkswagen Fox, onde aguardavam mulher e três filhos, apertados entre muita bagagem.
Esse é o público-alvo da Nissan Grand Livina. Famílias grandes que rodam na cidade e viajam no final de semana.
Mas não exagere na aventura. Ocupando os sete lugares, a capacidade do porta-malas cai para simplórios 123 litros.
Os bancos rebatíveis permitem configurações variadas para acomodar passageiros entre bicicletas e pranchas de surfe.
O castigo das crianças mudou de lugar. Se um adulto viaja com conforto na terceira fileira, na do meio há pouco espaço.
Então, ponha lá as crianças. E deixe o mais endiabrado no centro. No "porta-copos que vira assento", ele vai viajar mais apertado que refrigerante.
Já a mala da sua sogra vai caber direitinho no último banco. Se for das reclamonas, rebata parte da segunda fileira para a doce senhora esticar as pernas.
Devido ao peso e ao tamanho, falta agilidade ao carro na cidade. Às vezes, é como manobrar aquele amarelo ônibus escolar norte-americano.
Na estrada, o modelo vai bem. O teste Folha-Mauá mostra que a Grand Livina, mesmo com 1.855 kg, tem bom desempenho com o motor 1.8 flexível (até 126 cv) do hatch Tiida.
A minivan tem boa arrancada e é rápida nas retomadas, mas o câmbio automático poderia ser mais esperto.

Sogra a bordo
É bom que a família não faça barulho. Com um motor silencioso, o motorista, sem perceber, está acima do limite.
Esperando um computador de bordo? Então espere sentado nos confortáveis bancos de couro -de série na versão SL-, pois o item não vai chegar.
Sem ele para avisar, ninguém mais. Só a sogra, sentada lá atrás, pode reparar na média de velocidade, mas vai esperar chegar a multa para criticar.
Também faltaram regulagens de altura do banco e do cinto. Do cinto? Sim, até o Mille tem. Ainda assim, a Grand Livina oferece boa relação custo-benefício partindo de R$ 54.890, contra R$ 62.501 da única rival, a Chevrolet Zafira.
A versão avaliada, a topo de linha SL com câmbio automático, sai por R$ 65.390.
Ela vem com ar-condicionado digital, freios ABS, airbag duplo, travamento automático das portas e outros mimos.


A Nissan cedeu a Grand Livina para teste


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