Montadoras como Lamborghini e Jaguar cedem seus bólidos como forma de autopromoção

DA REPORTAGEM LOCAL

Mais preocupadas em chamar a atenção do que desenvolver carros para perseguir bandidos, muitas montadoras europeias adaptam alguns de seus mais cultuados esportivos para servir à polícia.
Na Alemanha, onde os limites das estradas geralmente passam dos 120 km/h, talvez seja importante que os agentes rodoviários tenham um carro veloz à disposição.
Pelo menos intimida. Qual bandido fugiria de um Mercedes-Benz CLS com motor 6.2 V8 preparado e com sirene no teto? Só se o carro roubado e em fuga superasse os 362 km/h do "cupê" alemão.
Além de potência, o serviço de segurança do Reino Unido fez outra exigência: queria um modelo de automóvel que fosse econômico e emitisse baixos índices de poluentes.
Em maio, a polícia especial britânica incorporou à sua frota o sedã XF, da Jaguar.
Equipado com motor 3.0 (a diesel) alimentado por um compressor volumétrico sequencial, o veículo é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em aproximadamente 6s, de acordo com a montadora. Ela ainda afirma que o XF percorre até 17,8 km/l e emite 179 g de CO2 por quilômetro -o Polo 1.4 europeu, por exemplo, emite cerca de 100 g/km.
Para Geoff Cousins, diretor-geral da Jaguar, a questão da sustentabilidade era uma das premissas para a polícia britânica, assim como a questão da segurança e da performance para o trabalho de perseguição.
No Brasil, a versão semelhante (a gasolina, e não a diesel) do XF foi recém-lançada por R$ 367 mil.
O caso mais radical, porém, é o da Itália. Quem for à região de Lazio poderá cruzar com um Lamborghini Gallardo de patrulha azul e branco, doado à polícia no final do ano passado.
Para conseguir domar os 560 cv (cavalos) do superesportivo, a montadora deu treinamento específico para 30 agentes. Só esses podem guiar o carro. Que inveja! (FELIPE NÓBREGA)


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