São Paulo, domingo, 17 de maio de 2009

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ÚLTIMA PLÁSTICA

Flanelinha troca Porsche por Vectra

Cor azul da OPC conquistou um guardador de carros no Guarujá; Tiida passou incólume

DA REPORTAGEM LOCAL

Mais do que o "botox" na grade e no para-choque dianteiros do Vectra GT, a novidade que mais agradou a um flanelinha do Guarujá (87 km a sudeste de São Paulo) foi a cor azul.
"Puxa "patrão", meu sonho era um Porsche amarelo, mas depois que vi esse Vectra aí..."
Talvez ele tenha pensado que o hatch nacional fosse aquele europeu, que, com o manto azul da divisão esportiva da Opel (OPC), despeja 240 cv do motor 2.0 turbinado.
Desse propulsor, o brasileiro conserva a base da Família 2 da GM, mas com engenharia aspirada para extrair milagrosos 140 cv com álcool. O velho Monza aplaudiria de pé.
Mas só até dar uma olhadinha no motor 1.8 flexível do Tiida, que traz comando de válvulas variável, além de bloco e cabeçote feitos de alumínio.
A tecnologia explica como o Nissan (126 cv) deixou o Vectra para trás no teste Folha-Mauá.
Com álcool no tanque, o "japonês" atingiu os 100 km/h em 10,4s, cerca de 0,4s mais rápido que o rival da Chevrolet.
Foi nas retomadas que o Tiida e o seu câmbio de seis marchas mostraram eficiência. De 80 km/h a 120 km/h, o Nissan levou 9,8s contra 14,1s do GT.

Crise de identidade
O Tiida flexível, entretanto, não conseguiu os resultados de consumo alcançados pela extinta versão a gasolina.
Na estrada, a média, que era de 16,5 km/l, caiu para 13,5 km/l com o combustível fóssil.
Mesmo assim, foi melhor do que os números registrados pelo GT, que conseguiu ser ainda 10% mais beberrão que o Tiida "flex" nos trechos urbanos.
Já o fato de flanelinhas não terem se declarado apaixonados pelo Nissan está longe de ser uma constatação relevante.
Entretanto, indica que eles também torcem o nariz para as minivans, mesmo que algumas delas apareçam travestidas de hatch, como é o caso do Tiida.
Com praticamente o mesmo comprimento do Vectra (4,25 m) e com 10 cm a mais de altura, o Nissan, por fora, parece ter muita janela para pouca roda.
Dentro dele, a impressão é a de que você está numa minivan compacta. A posição de dirigir é elevada, e o painel não tem lá muita ligação com o console.
Mas, se muitos aplaudem um superesportivo com mais portas que um carro de família, que mal teria em um hatch "japonês" pensar que é uma minivan francesa? (FELIPE NÓBREGA)


As montadoras cederam os carros para teste
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br 0/xx/11/4239-3092



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