|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ÚLTIMA PLÁSTICA
Flanelinha troca Porsche por Vectra
Cor azul da OPC conquistou um guardador de carros no Guarujá; Tiida passou incólume
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais do que o "botox" na grade e no para-choque dianteiros
do Vectra GT, a novidade que
mais agradou a um flanelinha
do Guarujá (87 km a sudeste de
São Paulo) foi a cor azul.
"Puxa "patrão", meu sonho
era um Porsche amarelo, mas
depois que vi esse Vectra aí..."
Talvez ele tenha pensado que
o hatch nacional fosse aquele
europeu, que, com o manto
azul da divisão esportiva da
Opel (OPC), despeja 240 cv do
motor 2.0 turbinado.
Desse propulsor, o brasileiro
conserva a base da Família 2 da
GM, mas com engenharia aspirada para extrair milagrosos
140 cv com álcool. O velho
Monza aplaudiria de pé.
Mas só até dar uma olhadinha no motor 1.8 flexível do Tiida, que traz comando de válvulas variável, além de bloco e cabeçote feitos de alumínio.
A tecnologia explica como o
Nissan (126 cv) deixou o Vectra
para trás no teste Folha-Mauá.
Com álcool no tanque, o "japonês" atingiu os 100 km/h em
10,4s, cerca de 0,4s mais rápido
que o rival da Chevrolet.
Foi nas retomadas que o Tiida e o seu câmbio de seis marchas mostraram eficiência. De
80 km/h a 120 km/h, o Nissan
levou 9,8s contra 14,1s do GT.
Crise de identidade
O Tiida flexível, entretanto,
não conseguiu os resultados de
consumo alcançados pela extinta versão a gasolina.
Na estrada, a média, que era
de 16,5 km/l, caiu para 13,5
km/l com o combustível fóssil.
Mesmo assim, foi melhor do
que os números registrados pelo GT, que conseguiu ser ainda
10% mais beberrão que o Tiida
"flex" nos trechos urbanos.
Já o fato de flanelinhas não
terem se declarado apaixonados pelo Nissan está longe de
ser uma constatação relevante.
Entretanto, indica que eles
também torcem o nariz para as
minivans, mesmo que algumas
delas apareçam travestidas de
hatch, como é o caso do Tiida.
Com praticamente o mesmo
comprimento do Vectra (4,25
m) e com 10 cm a mais de altura, o Nissan, por fora, parece ter
muita janela para pouca roda.
Dentro dele, a impressão é a
de que você está numa minivan
compacta. A posição de dirigir é
elevada, e o painel não tem lá
muita ligação com o console.
Mas, se muitos aplaudem um
superesportivo com mais portas que um carro de família, que
mal teria em um hatch "japonês" pensar que é uma minivan
francesa?
(FELIPE NÓBREGA)
As montadoras cederam os carros para teste
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092
Texto Anterior: Última plástica Próximo Texto: De tão feio, Palio anterior nem foi rebaixado a Fire; novo melhorou Índice
|