São Paulo, domingo, 17 de setembro de 2006 |
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Supercompactos Carros pequenos e equipados voltam ao foco das montadoras; Palio pode custar R$ 60 mil
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
Há quatro anos, quando o
Volkswagen Polo passou a ser
feito numa fábrica hoje ameaçada de fechamento, o brasileiro começou a ter acesso a um
compacto "premium". Atualmente, parecem em baixa e são
representados por poucas opções, como o Citroën C3 e o
Honda Fit, além do Polo.
"O foco das montadoras passou para os sedãs, um segmento
que estava desabastecido. Voltaremos a falar dos compactos
"premium" com o lançamento
do novo Polo, do novo [Fiat]
Palio [até o fim deste ano] e do
[Fiat] Grande Punto [que será
fabricado no Brasil em 2007]",
analisa Corrado Capellano,
consultor da Roland Berger.
Samuel Russell, diretor de
marketing da General Motors,
vê dois pontos principais: o poder aquisitivo menor do brasileiro e a facilidade de crédito
maior. "Antes, o consumidor
comprava um Corsa completo.
Hoje, fica com um Astra, que é
de um segmento superior."
Para Capellano, não só os
equipamentos fazem o carro
ser "premium" mas também o
que o projeto propicia para o
consumidor. Já a VW entende
que, mais importante que ser
"premium", é gerar uma "expectativa premium" -ou a sensação que o cliente tem ao comprar um produto diferenciado.
No mercado, isso quer dizer,
sim, que haverá itens comuns
aos carros mais caros, ainda
que opcionais. O Polo, agora
com o desenho europeu, custa
R$ 39.990 com sensor de estacionamento, ar-condicionado,
direção hidráulica e regulagem
de altura do banco do motorista. O preço alcança R$ 58.457
com retrovisores externos que
se abaixam para facilitar as manobras e interno antiofuscamento, banco de couro e toca-CDs e MP3, entre outros.
O Palio 1.8R, de R$ 41.350,
pode receber R$ 18.683 em
equipamentos, como regulagem elétrica do banco, airbag
lateral e viva voz. Mas, segundo
a Fiat, o equipamento mais desejado é o volante com regulagem de altura (R$ 70), presente
em 60% dos carros. Apenas 2%
dos Palio têm freios com ABS
(antitravamento).
"Ao comparar, é possível perceber que a relação custo/benefício do C3 é melhor. Ele é
mais barato que os concorrentes com opcionais", defende
Mário Mizuta, gerente nacional de vendas da Citroën, montadora que nunca cedeu a motor 1.0 nem a preço mais baixo
-o C3 parte de R$ 39.780 e tem
ar-condicionado, direção elétrica e computador de bordo.
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