São Paulo, domingo, 17 de dezembro de 2000

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SEDÃ


Reformulado, modelo da Mercedes traz inovações de categorias superiores

Desempenho é esporte, e "traje", fino no C 320



LUÍS PEREZ
EDITOR DE VEÍCULOS


O novo sedã da Classe C da Mercedes-Benz -mais precisamente o C 320- incorpora a tendência, ou estratégia, já aplicada mesmo em modelos mais compactos: adotar inovações até então de carros pertencentes a categorias superiores.
Mas é na pista que ele demonstra a proposta de versatilidade: mantém o estilo clássico sem afastar um público mais jovem, que busca comportamento esportivo.
Seu desempenho faz jus a esse caráter -o modelo acelera de 0 a 100 km/h em 8,11 s. É só um segundo mais lento que o S 500 L, testado em maio pela Folha. Os dados são aferidos pelo IMT (Instituto Mauá de Tecnologia).
Em algumas medições, ele se mostrou páreo para carros com desempenho excepcional, como é o caso do BMW M5 -o mais rápido testado neste ano, com aceleração até 100 km/h em 5,83 s.
O Mercedes realizou a retomada entre 40 e 80 km/h em 3,81 s, praticamente igualando a marca do M5 (3,82 s). E a proposta nem era ser um esportivo.
Com cerca de 20 inovações herdadas do Classe S, topo de linha da marca, pouco depõe contra o C 320. Talvez os faróis, em forma de "8" deitado, possam causar alguma polêmica. Nada mais normal em um design recém-modificado.
Pelo que custa -US$ 84.118 (ou R$ 166 mil)-, nem poderia deixar de oferecer alto nível de conforto e segurança -incluindo toda a parafernália de controles de tração, frenagem e estabilidade.
A verdade é que o automóvel levou quatro anos para ser revisto. O desafio era mexer em um time que já estava ganhando -seu antecessor registrou uma produção de 1,6 milhão de unidades.
À primeira vista, na traseira, é possível verificar esse aspecto camaleônico: o desenho da lanterna traseira lembra o do "roadster" (conversível de dois lugares) SLK, em forma de "V". Até a curvatura do teto evoca a de um cupê.
Mas, para quem não pretende ser multado, o carro oferece uma série de comodidades. Além do controlador, há um limitador de velocidade, regulado pelo motorista, que pode, aliás, programar mais de 50 tipos de informações nos comandos do volante. É a era da personalização a bordo.
Destaque para o câmbio híbrido -é possível deixá-lo no automático ou fazer as mudanças de forma sequencial, com um toque.


Texto Anterior: Consumidor: Caso Metropolitana continua sem solução
Próximo Texto: O que é revenda: Concessionária e fábrica não são a mesma coisa
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.