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SAÚDE
Médicos dão dicas para atenuar os problemas decorrentes do calor excessivo
Idéias ajudam a enfrentar o "efeito estufa" no veículo
LARA SCHULZE
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Há um inimigo no trânsito contra o qual não adianta esbravejar:
o calor. São diversos os problemas
que ele, a irritação e a exposição
ao sol provocam no corpo e no
humor de motorista e passageiro.
O bafo quente do asfalto, os gases tóxicos lançados dos escapamentos dos carros e o sol podem
causar mal-estar, resultando em
reações como falta de ar, sudorese, desidratação, inchaço, vasodilatação, cansaço precoce e estresse (físico e emocional).
Os hipertensos e aqueles que já
tiveram um ataque cardíaco devem voltar ao médico no início do
verão para ajustar o remédio,
"principalmente quem está com a
dosagem alta", diz o coordenador
da Liga de Hipertensão do Hospital das Clínicas, Décio Mion.
"Com a vasodilatação, os hipertensos ficam mais expostos a males como moleza, tontura, fraqueza e sensação de desmaio."
Segundo o cardiologista do hospital Albert Einstein Elias Knobel,
60, o estresse momentâneo do
trânsito pode causar taquicardia,
agravando o quadro. Para conter
a irritação, médicos e psicólogos
recomendam que os motoristas
tentem relaxar -ouvindo música, por exemplo.
A hidratação constante é imprescindível. O diretor do serviço
médico do Detran de São Paulo,
Moise Seid, 57, recomenda ingestão de líquidos a todos que estiverem no carro em trajetos longos.
Alternativas
Quem não tem ar-condicionado
usa os vidros abertos e a criatividade. É o caso da instrutora de
swásthya yôga Milena Rosolen,
26, que leva um leque no porta-luvas de seu Fiat Mille. "É para ajudar a espantar o calorão." Ela
também apela para o "insulfilm".
A película, aplicada nos vidros e
permitida por lei, protege contra
o calor e contra os raios UV (ultravioleta), amenizando a incidência direta do sol na pele, parte
do corpo que mais sofre no verão.
Segundo a relações públicas da
Insulfilm do Brasil, Salete de Vita,
o produto bloqueia até 90% dos
raios UV. A sensação de calor cai,
pois ele fica retido no vidro.
A arquiteta Inês Capobianco,
49, que tem a pele propensa a
manchas, luta há muito tempo
contra a exposição ao sol. "Nunca
dispensei o "insulfilm", até quando
era proibido", diz ela, que, certa
vez, a caminho do Guarujá, teve o
carro revistado por causa disso.
"Expliquei que estava me escondendo do sol, e não da polícia".
A pele requer cuidados específicos para evitar manchas, envelhecimento e até câncer. Segundo a
dermatologista Ligia Kogos, dias
de mormaço também queimam, e
o bafo quente do interior do veículo ajuda a escurecer e a aumentar as manchas. O protetor solar,
portanto, é grande aliado.
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