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Condicionador custa até 10% do valor do carro
FREE-LANCE PARA A FOLHA
É unânime entre as montadoras
que o sistema condicionador de
ar é o acessório mais indicado para quem quer aliviar o calor do verão a bordo de seu veículo.
O problema é que, entre os opcionais mais requisitados, o ar-condicionado pode ser considerado um artigo de luxo. O equipamento é caro: instalado, seu custo
varia de R$ 2.500 a R$ 3.000. Em
alguns casos, isso representa até
10% do valor do carro.
Os modelos "populares" -que
são os produtos mais vendidos-,
em sua maioria, saem de fábrica
sem o ar-condicionado.
"No Brasil, a baixa aquisição do
opcional é uma questão de valor,
porque o interesse pela peça existe e é grande", afirma o gerente de
marca da General Motors, Hermann Mahnke, 30. Segundo um
levantamento feito pela fábrica,
60% dos seus "populares" são
vendidos sem o opcional.
Solução
Na falta de dinheiro para comprar o ar-condicionado, a solução
encontrada por muitos é o ventilador, bastante procurado por donos de modelos mais baratos.
A presença ou não do sistema
de ar varia de acordo com o valor
do veículo. "Quem compra um
carro a partir de R$ 25 mil, geralmente, coloca o ar. Já nos que custam mais de R$ 30 mil o ar vem de
fábrica", diz o gerente de marketing de produto da Volkswagen,
Thomas Buckup, 54.
Na montadora, 85% dos veículos "populares" vendidos saem
das concessionárias sem o ar-condicionado instalado. Entre os
Ford Ka, a porcentagem é de 60%.
"O mercado é muito sensível. O
Ka passa de R$ 16 mil para R$ 19
mil [com ar], e as vendas caem
70%", conta o gerente de marketing da Ford, Luis Salem, 45.
Exceção
O Renault Clio Authentique é
um dos poucos a fugir da regra.
No ano passado, 54% eram equipados com ar-condicionado.
O gerente de marketing de produto da Renault, Alberto Neumann, 39, atribui essa porcentagem à facilidade de comercialização futura do automóvel.
"No momento da troca do carro, o proprietário também tem a
opção de exigir o equipamento."
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