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peças & acessórios
Lei confusa limita uso do xenônio
Para Contran, limpador de farol é obrigatório, mas Detran de SC libera carro sem o acessório
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Uma nova resolução do Contran (Conselho Nacional de
Trânsito) deveria, desde 1º de
janeiro, regulamentar a utilização das lâmpadas de xenônio
não-originais. Mas a falta de
entendimento entre o Denatran (Departamento Nacional
de Trânsito), os Detran (Departamento Estadual de Trânsito)
e os centros de inspeção atrapalha a regularização da lei.
Na sexta-feira, o Denatran
emitiu um comunicado deixando claro que todos os veículos
originais ou modificados para
usar lâmpadas de xenônio deveriam ter esguicho para limpeza do farol e sistema de regulagem de altura do facho. E a luz
deve ser branca, e não azul.
O Detran-SP, porém, argumenta que ainda não permitiu
a modificação nos carros porque aguardava um comunicado
oficial do Denatran e do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).
Segundo o CTB (Código de
Trânsito Brasileiro), qualquer
alteração nas características do
veículo deve ser autorizada pelo Detran, que, após receber o
CSV (Certificado de Segurança
Veicular) do Inmetro, emite
um novo documento do carro
atestando para a modificação.
Em comunicado à Folha, o
Detran-SP disse que vai começar a regularizar a alteração do
sistema de iluminação conforme determinação do Denatran.
O Detran-SC, entretanto, regulamentou as lâmpadas de xenônio do Honda Civic 2007 do
empresário Paulo Franzoni,
27, no dia 9 de janeiro.
"Foram R$ 209,50 e dois dias
percorrendo órgãos públicos e
centros de inspeção veicular.
Mas não precisei instalar nenhum dispositivo de limpeza
ou regulador automático de farol para passar na inspeção em
Santa Catarina", diz Franzoni.
O engenheiro Álvaro Beiro,
responsável pelo laudo, entendeu que as obrigatoriedades
eram apenas para modelos
produzidos neste ano.
Blitz
Para evitar isso, "os centros
de inspeção precisam se credenciar no Inmetro para realizar este tipo de vistoria", afirma
Aldoney Freire Costa, coordenador-geral do Inmetro.
Sem o CSV, mesmo atendendo às exigências técnicas, o automóvel pode ser apreendido e
multado em R$ 127,69.
Isso quase aconteceu com o
instalador Júnior Lima, 23, que
não havia regulamentado as
lâmpadas de xenônio do seu
Fiat Palio. Foi obrigado a retirá-las numa blitz policial, logo
na primeira semana do ano.
"Sorte que eu carregava no
porta-luvas um par de lâmpadas originais", conta Lima.
Já os veículos com faróis de
xenônio de fábrica não precisam passar pela inspeção, mas
devem ter o limpador de farol,
como no novo Toyota Corolla.
As lâmpadas de xenônio
sempre causaram polêmica na
hora da instalação, principalmente porque são até três vezes
mais potentes que as lâmpadas
halógenas comuns.
Ao mesmo tempo que ampliam o campo de visão noturna do motorista e a sua segurança, podem, se tiverem fora dos padrões técnicos e de regulagem, ofuscar a vista de outros
condutores e provocar acidentes.
(FELIPE NÓBREGA)
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