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Maior que Classe E, Accord abole mimos de Classe A
Importado do Japão, sedã da Honda é rápido, mas carece de sensor de obstáculo e câmbio seqüencial; novo motor V6 gera 278 cv
DA REPORTAGEM LOCAL
A Hyundai se orgulha de dizer que o Azera é mais potente
que o Mercedes Classe C, mais
espaçoso que o BMW Série 7 e
mais admirado que o Lexus.
Era a propaganda que a Honda precisava para divulgar a oitava geração do Accord -no
Brasil ele está na quinta.
O sedã em nada lembra aquele hatch pequeno com motor
1.6 de 68 cv (cavalos) que se meteu a besta no concorrido mercado americano dos anos 70.
Ele também pouco lembra o
primeiro Accord quadradão
que chegou ao Brasil, em 1992.
Agora há tamanho e motor
de carro alemão. Aliás, o Accord, com 4,93 m, é maior até
do que um Mercedes E500.
Seu motor deixa para trás o
do E350. São 278 cv debaixo de
um 3.5 V6 (seis cilindros em
"V"), com coxins ativos, que, diz
a Honda, reduzem as vibrações.
Nem precisava. Há seis camadas de mantas acústicas -só
faltam aquelas "caixas de ovos"
no teto, comuns nos botequins.
No teste Folha-Mauá, o que
mais surpreendeu não foram
os 7,9s que o Accord levou para
atingir 100 km/h, mas os 13,1
km/l consumidos na estrada.
Ponte Rio-Niterói
Poderiam até, após 32 anos,
refazer aquela velha propaganda do Fiat 147, que cruzava a
ponte Rio-Niterói com apenas
um litro de gasolina.
Na época, a Fiat nem sonhava com o VCM 2, sistema de gerenciamento variável dos cilindros. O motor, sozinho, desliga
dois ou três cilindros, de forma
imperceptível. Na prática, seu
religamento se confunde com
as trocas das cinco marchas do
câmbio automático.
Aliás, é aí que a Honda dá sua
escorregadela. Veloz, ele carece
de trocas seqüenciais. Com a
metade da potência, o Civic
EXS se gaba em dizer que tem
"borboletas" atrás do volante. E
não custa R$ 144,5 mil.
A Honda erra também quando priva os pára-choques de ter
sensores de obstáculos. É a certeza de que, se não fazem falta
aos americanos, não farão para
o resto do mundo.
Sem falar no braço para articular a tampa do porta-malas,
que amassa parte dos 453 litros
admissíveis no bagageiro.
Seriam falhas menores se,
entre os rivais, o Accord não topasse com o Volkswagen Passat
V6 (R$ 168.820) ou com o Chevrolet Omega (R$ 147,5 mil).
São dois sedãs ricos em mimos e nada mesquinhos.
(FABIANO SEVERO)
O carro foi cedido para teste pela
montadora
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092
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