FREE-LANCE PARA A FOLHA

Baixada a poeira da disputa publicitária entre a Volkswagen -defensora do uso do turbo para a otimização de motores 1.0- e a Ford -que usa um compressor para melhorar o desempenho do novo Fiesta-, as empresas agora passam a usar argumentos técnicos para mostrar os prós e contras de cada tecnologia.
Foi o que fez a Eaton -indústria do setor de autopeças que desenvolveu o Supercharger em conjunto com a Ford-, que convidou a Folha para avaliar o uso do compressor em um Fiesta e em um Chevrolet Blazer 2.4, preparado pela empresa Blower.
No caso do utilitário esportivo, a melhora do motor com o Supercharger fica mais evidente. Em poucos segundos, o ponteiro do marcador de velocidade salta para os 100 km/h e mantém o motor ágil numa faixa de 3.500 rpm.
A Blazer 2.4 naturalmente aspirada fica devendo, e muito, em relação ao modelo que vem preparado com esse componente.
De acordo com a Eaton, o equipamento, adaptado no meio do duto de ar do veículo, pode melhorar o desempenho do motor de 40% a 50%.

O que é
O Supercharger é um compressor mecânico com dois rotores movidos por correia ligada ao virabrequim que aumenta o rendimento volumétrico do motor. O sistema é usado há pelo menos dez anos pela indústria.
O preparador César Simões, da Blower, diz que a vantagem do Supercharger é que ele não desgasta tanto as peças do motor quanto um sistema turbinado e praticamente não gera aumento no consumo de combustível.
O único senão é o custo mínimo de US$ 1.700 para instalar o equipamento, pois o compressor é importado dos Estados Unidos.
Segundo a Eaton, por enquanto o Supercharger só é distribuído no Brasil para a Ford. Fora daqui, a empresa fornece o item para marcas como Jaguar, Mercedes-Benz, BMW, GM e Nissan. (ALG)


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