São Paulo, domingo, 18 de outubro de 2009

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Dólar cai 30% no ano, mas preços reais, não

Montadoras argumentam ter congelado cotação pré-crise para manter vendas altas e fluxo de importação

DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto o dólar sofreu desvalorização de 30% neste ano -foi de R$ 2,44 para R$ 1,70-, o preço da maioria carros importados se manteve estável.
Para o presidente da Abeiva (associação dos importadores de veículos), Jörg Henning, os preços dos carros só cairão se o dólar se estabilizar abaixo de R$ 1,65. Era a cotação da moeda americana há um ano, antes do agravamento da crise.
"Os modelos beneficiados pelos descontos do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] tiveram os preços reduzidos", afirma Henning, que, além da Abeiva, preside a BMW, beneficiada nos modelos 118i, 120i e 320i.
De acordo com o balanço da Abeiva, o crescimento neste ano foi de 1,4% -total de 23.240 unidades- em relação ao mesmo período de 2008. Não são computados os carros estrangeiros trazidos por montadoras locais.
Segundo importadores, o preço real dos carros foi congelado na crise, enquanto o dólar estava "caro", pois as fábricas concediam bônus. A Chevrolet, por exemplo, reduziu o preço do Omega (R$ 122 mil) em 3%.
Foi a saída das montadoras europeias para aumentar a exportação para o Brasil (alta de 69%), pois o mercado interno europeu caíra muito na crise.
O segmento no Brasil espera fechar 2010 com alta de 10% nas vendas. A BMW, que prevê crescer 40% neste ano, totalizando 5.000 automóveis, prepara três lançamentos, entre eles o "crossover" Série 5 GT.
A Mercedes também programa novidades, como a versão esportiva AMG do Classe E cupê. A E350 Coupé foi apresentada na semana passada e custará R$ 285 mil. (FELIPE NÓBREGA)


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