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Mini quarentão busca homem quarentão
Lançado em 1959, Cooper agora quer ser uma espécie de fonte da juventude; preço começa em R$ 92,5 mil
DA REPORTAGEM LOCAL
Botox e cirurgias disfarçam a
idade, mas sem química nem
bisturis, o Mini Cooper promete ser uma espécie de "fonte da
juventude". Palavras de Martin
Fritsches, diretor da Mini, que
só agora entra no país pelas
mãos do grupo BMW.
Para Antonio Carlos Amador
Pereira, professor de psicologia
da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), "como extensão do próprio corpo, alguns
usam a imagem de modernidade do automóvel para se sentirem mais moços e atraentes".
Inspirado no pequeno inglês
de 1959 -ano de escassez de
petróleo no país britânico-, o
Mini Cooper de hoje é um daqueles carros que renascem
com um propósito menos popular e mais populista.
Ou teria outra razão para alguém pagar R$ 92,5 mil por um
automóvel do tamanho de um
Mille (3,69 m) e equipado com
o motor 1.6 (122 cavalos) do
Peugeot 207 europeu?
E olha que, no popular da
Fiat, quando os bancos dianteiros estão totalmente recuados,
sobra algum espaço para as
pernas dos ocupantes traseiros. No Mini, nem isso.
A única concessionária da
marca em São Paulo -há outra
em Curitiba- deve argumentar, entretanto, que o carro inglês é recheado de eletrônica,
como o sistema de distribuição
de força de frenagem, que leva
em conta até a posição dos ocupantes dentro do veículo.
Na pista de test-drive feita
no alto do prédio da revenda, o
motorista vai perceber que,
mesmo auxiliado pelo câmbio
manual de seis marchas, a versão mais barata do Cooper surpreende pela dirigibilidade, e
não pelo desempenho.
Clubman
Mas é o visual retrô que diferencia o Mini dos outros carros.
Ainda é possível personalizá-lo
com adesivos decorativos. E,
como se não bastasse o painel
nada discreto, é possível mudar
a cor da iluminação interna.
Para quem quer mais tempero, a marca oferece a versão
turbo S, de 178 cv (R$ 119,5 mil),
que deve ficar com 60% do mix
total de 600 unidades anuais.
Sem o mesmo charme, a versão Clubman (R$ 129,5 mil) ao
menos tem mais espaço para
quatro pessoas.
(FELIPE NÓBREGA)
A Mini cedeu o Cooper para avaliação
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