São Paulo, domingo, 19 de abril de 2009

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Mini quarentão busca homem quarentão

Lançado em 1959, Cooper agora quer ser uma espécie de fonte da juventude; preço começa em R$ 92,5 mil

DA REPORTAGEM LOCAL

Botox e cirurgias disfarçam a idade, mas sem química nem bisturis, o Mini Cooper promete ser uma espécie de "fonte da juventude". Palavras de Martin Fritsches, diretor da Mini, que só agora entra no país pelas mãos do grupo BMW.
Para Antonio Carlos Amador Pereira, professor de psicologia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), "como extensão do próprio corpo, alguns usam a imagem de modernidade do automóvel para se sentirem mais moços e atraentes".
Inspirado no pequeno inglês de 1959 -ano de escassez de petróleo no país britânico-, o Mini Cooper de hoje é um daqueles carros que renascem com um propósito menos popular e mais populista.
Ou teria outra razão para alguém pagar R$ 92,5 mil por um automóvel do tamanho de um Mille (3,69 m) e equipado com o motor 1.6 (122 cavalos) do Peugeot 207 europeu?
E olha que, no popular da Fiat, quando os bancos dianteiros estão totalmente recuados, sobra algum espaço para as pernas dos ocupantes traseiros. No Mini, nem isso.
A única concessionária da marca em São Paulo -há outra em Curitiba- deve argumentar, entretanto, que o carro inglês é recheado de eletrônica, como o sistema de distribuição de força de frenagem, que leva em conta até a posição dos ocupantes dentro do veículo.
Na pista de test-drive feita no alto do prédio da revenda, o motorista vai perceber que, mesmo auxiliado pelo câmbio manual de seis marchas, a versão mais barata do Cooper surpreende pela dirigibilidade, e não pelo desempenho.

Clubman
Mas é o visual retrô que diferencia o Mini dos outros carros. Ainda é possível personalizá-lo com adesivos decorativos. E, como se não bastasse o painel nada discreto, é possível mudar a cor da iluminação interna.
Para quem quer mais tempero, a marca oferece a versão turbo S, de 178 cv (R$ 119,5 mil), que deve ficar com 60% do mix total de 600 unidades anuais.
Sem o mesmo charme, a versão Clubman (R$ 129,5 mil) ao menos tem mais espaço para quatro pessoas. (FELIPE NÓBREGA)


A Mini cedeu o Cooper para avaliação


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