DE SÃO PAULO

O equilíbrio do Mercedes SL faz o motor 3.5 V6 parecer mais fraco. Não deveria ser, mas o conjunto admitiria algo bem maior que "meros" 316 cv de potência.
Tanto a Mercedes sabe disso que só o SL -e as balsas S e CL- tem versão 65 AMG, sobre um colossal motor 6.0 V12 biturbo de 612 cv.
No SL 350, com exagerados 1.825 kg, sobra chassi, como dizem os pilotos.
No teste Folha-Mauá, ele crava 7,4s de 0 a 100 km/h, pouca coisa melhor que o Honda Civic Si, que custa menos da metade.
Na frenagem, porém, as enormes pinças prateadas mostram os dentes -ou os pistões. A 80 km/h, param o conversível em apenas 36 m, quase a marca do Audi R8 V10, por exemplo.
O SL, na medida do possível, é até econômico. Na estrada. Atinge 12 km/l num marasmo de dar sono em qualquer um. Na cidade, a média cai para 7,3 km/l.
Depois de sol e chuva, dá para entender por que o SL custa (e sempre custou) o preço do Porsche simplório.


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