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São Paulo, domingo, 19 de outubro de 2003

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Veículos só correm de verdade na mão de dublês

FREE-LANCE PARA A FOLHA

"As motos, segundo pudemos atestar em pesquisas, voltaram a exercer um grande fascínio não apenas para os jovens, mas pa- ra pessoas de todas as idades", afirma Manoel Carlos, autor de "Mulheres Apaixonadas". "São muito plásticas e provocam um efeito visual bonito e forte."
Mas, além dos aspectos estéticos, o autor mostra preocupação com segurança. "Em marcha normal, devagar, os próprios atores pilotam. Mas, quando eu peço corrida e há algum risco, a produção convoca dublês", afirma.
A preocupação não é recente. "O Beto Rockfeller teria de dar um cavalo-de-pau. Para evitar riscos, o Luiz Gustavo chegou a um ponto e derrapou um pouco. Paramos de gravar. O dono da moto assumiu. Na montagem, parece que o Luiz Gustavo está pilotando", diz José Carlos Tadeo, da Harley-Davidson.
Para a cena em que Erik Marmo sofre um acidente, no começo de "Mulheres Apaixonadas", foram feitas 18 tomadas, e a moto era conduzida por um dublê.

Capacete
Antes de fazer "Cavalo de Aço", Tarcísio Meira já pilotava. Na época, tinha uma moto tcheca da qual não lembra a marca. Erik Marmo diz que roda desde os 12 anos. "Aprendi em uma Honda Turuna 125. Ia com meu tio para locais desertos", conta.
A moto na vida do personagem tinha um sentido. "O Manoel Carlos pensou em dar uma atividade para ele", explica Erik. "Podia ser um filhinho de papai que não faz nada o dia inteiro. Mas, em vez disso, tinha uma loja de motos."
Já Leonardo Miggiorin, o Rodrigo da novela, nunca havia pilotado. "Entrei na auto-escola e fiz várias aulas para estar bem preparado para as gravações."
Tanto Cláudio quanto Rodrigo às vezes deram mau exemplo pilotando sem capacete. "Muitas vezes os motoqueiros aparecem sem o equipamento, mas, quando isso acontece, eu sempre chamo a atenção [na própria cena] para o fato, advertindo dos perigos e recomendando o uso da proteção", diz Manoel Carlos.
Erik Marmo admite o erro. "Realmente é um mau exemplo, mas isso ocorreu em poucas cenas e retrata a realidade dos motociclistas do Rio e do Brasil em geral. Mas evitamos rodar cenas sem capacete." (FR)


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