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Atores e homens de marketing concordam que a aparição das motos nas novelas ajuda a aquecer o mercado, mesmo com modelos de alto preço.
Para Andrés Fuse, gerente da BMW Motorrad do Brasil, é muito importante aparecer um modelo da marca em horário nobre. "Além de mostrar um produto nosso, a presença de motos na novela mostra a realidade nas ruas do país", afirma Fuse.
Segundo ele, esse tipo de aparição gera interesse nas pessoas e acaba levando alguns clientes para a loja em busca da "moto da novela". "É claro que a venda é algo mais demorado, mas a novela é um bom incentivo", diz o gerente da BMW. O modelo que Rodrigo utilizava custa R$ 76,9 mil.
Mesmo desconfiando do aumento das vendas por influência da novela, Júlio Yabuya, gerente de marketing da Yamaha, diz que isso ajuda no posicionamento da marca. A Yamaha V-Max pilotada por Cláudio custa R$ 40 mil.

Loja
Opinião diferente tem Luiz Alberto Diniz, dono da Rio England, concessionária de motocicletas no shopping Towndown, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
Eles não apenas emprestaram alguns modelos da Ducati, como a própria loja para as gravações. "A Globo nos procurou para saber da possibilidade de fazerem algumas gravações aqui na loja, e nós aceitamos, por entender que seria uma grande estratégia de marketing", conta Diniz.
Na novela, a Rio England se tornou a loja de Rodrigo Santoro e de Erik Marmo. Em um dos capítulos, eles chegaram a mostrar uma MV Agusta, que custa R$ 122 mil, a um cliente fictício.
"A exposição foi muito boa porque, além de mostrar as motos, havia acessórios, roupas e capacetes, o que acabou nos tornando mais conhecidos", declara Diniz.
Com relação a um possível aumento de vendas, ele afirma que a novela influiu positivamente. "Muitos clientes entram na loja e pedem a moto do Cláudio."


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