São Paulo, domingo, 19 de novembro de 2006

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Montadoras só aprovam originais

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As montadoras são unânimes em dizer que só aprovam a instalação de equipamentos originais, com o logotipo da fábrica. Segundo Cláudio D'Agostini, gerente de marketing de acessórios da General Motors, a instalação de outro item invalida a garantia.
"A responsabilidade pela inclusão de acessórios paralelos é do instalador. Em geral, o estabelecimento assegura a assistência. O cliente, porém, pode ter problemas em outras revendas", afirma D'Agostini.
Ford, Volkswagen e Fiat enfatizam que qualquer dano ao funcionamento do veículo em conseqüência da instalação do acessório paralelo compromete a garantia.
A Folha procurou as associações de revendedores Chevrolet, Fiat, Ford e Volkswagen. Apenas a Associação Brasileira dos Distribuidores Volkswagen (Assobrav) manifestou resposta: "Instalando equipamentos que serão ilegais, os concessionários ficam vulneráveis a processos e a perda de dinheiro. Além disso, não é correto exigir termo de responsabilidade, como muitas revendas fazem. O termo é só uma forma de o cliente se dar conta de sua parcela de responsabilidade."
Para o Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor), como as multas por equipamentos ilegais são de baixo valor -até R$ 191,54-, o adequado é procurar o Juizado Especial Cível. E, como as questões de consumo são regidas por princípios como boa-fé e dever da informação, o resultado de cada ação depende da avaliação do juiz.
Além disso, o Procon alerta para a lei 6.729/79 (Lei Ferrari), que regulamenta a concessão comercial entre produtores e distribuidores de veículos. O objetivo da lei é manter o equilíbrio entre as partes, estabelecendo acordos interessantes para ambos os lados. (LA)


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