São Paulo, domingo, 19 de dezembro de 2010 |
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Efeito Fittipaldi Há 20 anos, Monza EF era o que havia de melhor; agora, o piloto volta a ceder o nome, para o Omega
FABIANO SEVERO EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS Emerson Fittipaldi sempre comentou que o brasileiro não dava o devido valor aos seus ídolos do passado -e, às vezes, aos do presente. Talvez por isso, há 20 anos, a GM tenha feito uma bela homenagem a ele: o Monza 500 EF (leia-se 500 milhas de Indianápolis, nos EUA, vencidas por Fittipaldi na finada F-Indy, em 1989). Puro luxo porque, em março de 1990, não havia nada melhor no país. Collor havia assumido a Presidência e liberou as importações de carros em junho daquele ano. Enquanto isso, os bancos de couro e o toca-fitas removível do Monza pareciam o suprassumo da sofisticação -e pensar que a Alemanha já tinha o Opel Vectra desde 1988; no Brasil, só em 1993. "É sempre muito nostálgico relembrar do 500 EF. Era um carro feito para quem gostava de carro", disse à Folha Fittipaldi, que até hoje tem um exemplar impecável. CADILLAC Hoje, a situação é outra. A GM volta a usar o seu melhor carro no Brasil para homenagear Emerson pelos 40 anos da sua primeira vitória na F-1, em Watkins Glen (EUA). Pelos dois títulos da F-1 (em 1972 e 74), Emerson merecia mais. O Omega é ótimo, mas não representa a inovação de sua era, como o Monza. No Omega, a injeção direta soa inovadora, mas equipa o rival Passat V6 FSI há anos. Em 1990, o Monza 500 EF custava US$ 22 mil (50% mais que o Classic), equivalentes a atuais R$ 164 mil, segundo a Fundação Getúlio Vargas. Só a injeção eletrônica custava US$ 2.200 (10%). E o Omega? Ele já teve seus dias de rei, entre 1993 e 1997. Hoje sai por R$ 128,6 mil e tem uma dúzia de importados mais sofisticados. Da GM, Emerson merecia, no mínimo, um Cadillac CTS-V. Próximo Texto: Na pista, injeção direta deixa Omega ágil Índice | Comunicar Erros |
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