São Paulo, domingo, 20 de junho de 2004

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PERUA

Modelo da Toyota andou em ritmo igual ao do sedã, manteve o nível de consumo e ainda teve retomadas mais ágeis

Fielder herda as qualidades do Corolla

Roberto Assunção/Folha Imagem
Aerofólio e lanternas com formato de triângulo são características da traseira


JOSÉ AUGUSTO AMORIM
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A Toyota Fielder não nega o parentesco com o Corolla. Apesar do porta-malas 26 litros menor que o do sedã, a perua herda as qualidades que ajudaram a tirar do Honda Civic a liderança do segmento -a começar pelo desempenho.
Pesando 120 kg a mais que o Corolla, a Fielder chega aos 100 km/h em 10,84s, apenas 0,49s atrás do sedã. O mérito é do motor 1.8 16V, de 136 cavalos e 17,5 kgfm. O peso também não interfere no consumo, e a Fielder conseguiu ser mais ágil em duas retomadas.
Para ir de 80 a 120 km/h, precisa de 8,70s, contra 8,83s do Corolla. A Fielder também se dá melhor de 100 a 140 km/h: 12,14s ante 12,40s. Na cidade, a perua roda 100 m a mais com um litro de gasolina. Já na estrada, são 100 m a menos.
Praticamente sem concorrentes, a Fielder foi mais rápida que a Fiat Marea Weekend, que já não existe na Europa. Testada em 1999, levou 11,53s até 100 km/h. Quem também disputa o mercado é a Peugeot 307 SW, que nunca passou pelas aferições do Instituto Mauá de Tecnologia.
A Toyota custa R$ 59.950 com transmissão automática, disponível só na Marea Weekend 2.4. Com duas versões de acabamento, a Fiat com motor 1.8 parte de R$ 47.760, mas não traz freios ABS (antitravamento), banco traseiro bipartido nem airbag duplo, todos de série na Fielder.
A Peugeot importará a 307 SW automática em julho. A manual custa R$ 69 mil, e sua vantagem é ter teto de vidro panorâmico e capacidade para levar sete pessoas.

Mercado
A Toyota parece estar certa ao apostar no segmento de peruas. De 7 a 31 de maio, vendeu 464 unidades da Fielder. São quatro carros a menos que o Mercedes-Benz Classe A, monovolume feito no Brasil desde 1999. Nos cinco primeiros meses do ano, a Fiat comercializou 137 Marea Weekend, e a Peugeot importou 287 307 SW.
Desde a chegada das minivans -a primeira foi a Renault Scénic, em 1998-, as vendas das peruas foram caindo. Em 2000, elas representavam 7% do mercado. Em 2001, foram para 5,3%.
As duas carrocerias empataram no ano seguinte, com 4,7% de monovolumes e 4,8% de peruas. Em 2003, os tradicionais modelos familiares somaram 34.674 unidades, ou 3% das vendas de modelos zero-quilômetro. As minivans avançaram para 5,1%.
Mas as peruas vão ganhar reforço. A Peugeot produzirá em Porto Real (RJ) a 206 SW, que estréia no Salão de São Paulo, em outubro.


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