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PESQUISA
Carros ficam mais seguros; motoristas, não
DO "NEW YORK TIMES"
Sem as mudanças de design que deixaram os veículos mais seguros, incluindo a crescente oferta
de airbags, o ranking de
acidentes nas estradas
americanas apontaria
5.000 mortes a mais por
ano, ou um crescimento
de 11% em relação a 2005.
Segundo pesquisa do
Instituto das Seguradoras
para a Segurança Rodoviária, a razão para esse aumento é que o número de
motoristas alcoolizados
não se alterou muito nos
últimos dez anos, o crescimento do uso de cinto de
segurança é bem pequeno,
e as pessoas estão dirigindo cada vez mais rápido.
O número de mortes por
quilômetro rodado caiu
em quase todos os anos
desde 1966, mas houve um
ligeiro crescimento em
2005, de acordo com estatísticas oficiais. Mas teria
crescido se os carros não
tivessem melhorado. "Tiramos o foco do lado comportamental", diz Adrian
Lund, um dos autores do
estudo, que abrangeu o período de 1994 a 2004.
"Em todos os anos, olhamos a taxa dos mortos. Ela
cai, e as pessoas ficam
complacentes", diz Lund.
"Nossos resultados mostram que as taxas só estão
onde estão porque os carros estão mais seguros."
Lund acredita que as
mudanças nos veículos sejam boas, mas diz que as
pessoas não deveriam ter
de comprá-los para viajarem com segurança.
O uso de cinto de segurança nos bancos dianteiros cresceu 80% em 2004,
contra 58% em 1994. Hoje
está em 82%. O acréscimo
de 1 ponto percentual salva 270 vidas por ano.
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