São Paulo, domingo, 21 de janeiro de 2007

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C'est la guerre

A recém-lançada Renault Mégane Grand Tour enfrenta a "conterrânea" Peugeot 307 SW na briga por um mercado que ainda tenta se recuperar do efeito das minivans

Renato Stockler/Folha Imagem
A Mégane (à esq.) e a 307 na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo); Renault é mais comprida, mas leva 42 l a menos no bagageiro

JOSÉ AUGUSTO AMORIM
EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS

Houve um tempo em que consumidor nenhum se lembrava delas: todos só queriam minivans. Mas, ainda em câmera lenta, as peruas estão no mercado brasileiro. A Renault passou a fazer a Mégane Grand Tour no Paraná, e a Peugeot importa da França a 307 SW.
Mecanicamente, elas são bem parecidas. Além de terem câmbio automático de quatro velocidades com trocas manuais, usam motor 2.0 16V. A potência e o torque (força) têm valores próximos, com vantagem de cinco cavalos e 0,8 kgfm para a 307 -que bateu a conterrânea naturalizada em todas as provas de desempenho.
Nas tomadas de tempo de aceleração, a diferença chega a 1,69s: para alcançar 140 km/h, a 307 leva 25,52s, e a Mégane, 27,21s. Entre as provas de retomada, o maior intervalo é de 1,77s. Passam-se 16,88s para a Peugeot ir de 80 km/h a 140 km/h, e o cronômetro indica 18,65s para a Renault.
Como são voltadas para a família, presume-se que o consumidor esteja preocupado com a segurança. E as duas peruas, equipadas com o mesmo sistema de freios, estacam a velocidade quase na mesma distância. Se estiver a 40 km/h, o motorista da Mégane precisará de 30 cm a menos para parar o carro que o da 307. Se estiver a 100 km/h, a vantagem será de 1,4 m.

Gastos
Segue no consumo o equilíbrio entre a Mégane Grand Tour e a 307 SW, que lutam contra a soberania da Toyota Fielder e suas 8.881 unidades emplacadas em 2006 (a Toyota não cedeu o veículo para o teste Folha-Mauá). As duas registram a marca de 8,4 km/l na cidade. Na estrada, a Renault é capaz de rodar 100 m a mais com um litro de gasolina.
Será o preço o fator decisivo para um pai de família dividido entre os dois modelos. A 307, que é taxada com Imposto de Importação de 35%, é R$ 9.460 mais cara que a Mégane, mas herda do hatchback uma elevada relação custo/benefício.
Custa R$ 79.950 e oferece itens de série como airbags do tipo cortina e lateral, retrovisores que se rebatem automaticamente quando a perua é trancada, sensor de chuva e de luminosidade, ar-condicionado com regulagem independente para passageiro e motorista.
A Mégane, de R$ 70.490, traz os "básicos" trio elétrico, freios com antitravamento e distribuição eletrônica da frenagem, rodas de liga leve, e sua direção é elétrica -mais leve em manobras. Talvez os mais sensíveis sejam convencidos pelos "charmes": o teto de vidro da Peugeot e a chave em forma de cartão e o freio de mão no formato de manche da Renault.

Os carros foram cedidos para teste pelas montadoras

INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092


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