|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Visual aventureiro deixa Fiat Doblò mais lenta e pesada
Multivan é opção para quem busca um veículo prático para o dia a dia e espaçoso para a família nos finais de semana; kit Adventure custa mais R$ 6.000
RICARDO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Fiat inaugurou a moda de
elevar a suspensão e adaptar
adereços em seus modelos para
criar a linha Adventure, em
1999, com a Palio Weekend.
Uma estratégia hoje copiada
por quase todas as montadoras.
Na Doblò, líder de vendas entre as multivans desde seu lançamento, em 2001, a chegada
da versão Adventure, em 2003,
consolidou o reinado da Fiat na
categoria -hoje ela corresponde a 52% das vendas.
Mesmo quem utiliza muito
pouco o carro no fora de estrada acaba atraído pelo visual robusto. Na Doblò, o apelo "off-road" até melhora o design esquisito, característica comum
às multivans. Mas a aventura
tem seu peso e seu preço.
O teste Folha-Mauá revela
que a Adventure com o mesmo
motor 1.8 (até 114 cv) da "irmã
urbana" é mais lenta nas retomadas. A 80 km/h, precisa de
25,4s para chegar a 120 km/h
-8s mais lenta que a versão
HLX, testada em janeiro. Com
álcool, a diferença é de 3,4s.
Culpa dos 125 kg a mais e do
arrasto dos pneus de aro 15.
Em aceleração, quase empatam. Os testes, porém, foram
feitos com os carros vazios.
Com passageiros e bagagem,
a Doblò tem ainda mais dificuldade para enfrentar a subida da
rodovia dos Imigrantes na volta do feriado de Carnaval.
A aerodinâmica compensou
o aumento de peso, deixando o
consumo não muito diferente
do da já beberrona HLX.
Com álcool, a Adventure faz
6,9 km/l na cidade -rende 1,7
km a mais com gasolina.
Caminhãozinho
A posição elevada do motorista, somada à suspensão de
curso longo, continuam proporcionando uma experiência
diferenciada ao volante.
Com a alavanca do câmbio alta e 4,48 m de comprimento, a
sensação é a de dirigir um pequeno caminhão urbano.
A Adventure, com altura do
solo 6,2 cm maior que a da versão normal, inspira ainda mais
confiança para enfrentar buraqueira ou enchentes. E, hoje,
nem é preciso sair da capital
para estar nessa situação.
Nas curvas, a inclinação da
carroceria incomoda e requer
cautela extra no asfalto. Em
terrenos acidentados, é bom
não tomar por enfeites os inclinômetros instalados no teto.
Quase sem concorrência, o
modelo parte de salgados
R$ 61.170 (ar-condicionado e
direção hidráulica de série).
Com Citroën Berlingo e Peugeot Partner fora do Brasil, resta a Renault Kangoo Sportway
1.6 (até 98 cv) por R$ 51.890.
O coreano Kia Soul 1.6 (124
cv) é encontrado por R$ 53,6
mil. Estranho, mas moderninho, ele até passa por multivan.
Texto Anterior: Sem medo de altura: Ka é ágil, 207, econômico na estrada Próximo Texto: Cara nova: Doblò rejuvenesceu, mas modelo europeu é totalmente novo Índice
|