Banda irregular do Michelin PS3 cria notas distintas ao rodar para ficar mais silenciosa


DO ENVIADO ESPECIAL A ALMERIA (ESPANHA)

Até a metade da década passada, sem os aperfeiçoamentos dos compostos da borracha, era difícil guiar um superesportivo por mais de três horas sem ser importunado pelo zumbido do atrito do pneu com o asfalto.
Hoje, ter aderência em qualquer tipo de piso e eficiência nas frenagens já não são mais os únicos critérios de escolha dos pneus dos carros velozes, cada vez mais fáceis de guiar e usados no dia a dia.
Por isso, os motoristas também passaram a exigir dos pneus de alta performance durabilidade e baixo ruído.
A terceira geração do pneu esportivo da Michelin, o Pilot Sport 3 (também chamado de PS3), chega com desenho assimétrico horizontal e vertical da banda para criar "notas musicais" distintas ao rodar, sem cansar os ouvidos dos ocupantes em trajetos longos.
"Cada sulco e gomo do pneu foi projetado para otimizar diferentes funções, como o escoamento da água do solo e a criação de uma frequência sonora irregular, que melhora a "musicalidade" ao rodar", explica Dimitry Molokanov, gerente de negócios da Michelin.
Na pista de teste, pelo menos, foi impossível notar os acordes pneumáticos.

Sílica
O Pilot Sport 3 gera pouco ruído e não "canta" tanto graças a um composto inédito de sílica e elastômeros.
Em relação aos concorrentes, o pneu da Michelin mostra melhor "grip" em curvas e em frenagens no molhado.
A chegada do pneu ao Brasil está prevista para maio em dimensões de 16 a 19 polegadas e equipará, de série, carros como o Mercedes E63 AMG.
O pneu de aro 17, que deve ser o mais vendido da gama, custará R$ 1.135 a unidade, mais que rivais como o Goodyear Eagle F1 (R$ 1.100) e o Pirelli PZero Rosso (R$ 1.000). (FELIPE NÓBREGA)

O jornalista viajou a convite da Michelin

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