EDSON FRANCO
Editor de Veículos

Na categoria dos esportivos, ocorreu uma disputa entre peixes grandes, e rápidos. No final das contas, tradição, luxo e o aspecto sedutor provocado pelo logotipo da estrela acabaram decidindo a parada em favor do Mercedes-Benz CLK.
Ele não é o mais rápido entre os concorrentes. De acordo com os números do Instituto Mauá de Tecnologia, o cupê alemão leva 8,79 segundos para ir da imobilidade aos 100 km/h. O Volvo C70 precisa de só 8,38 segundos.
Por outro lado, o CLK é o que possui o interior mais bem-acabado e o que conta com o maior número de itens eletrônicos para proporcionar conforto aos passageiros.
E o conforto gerado pela eletrônica começa antes de entrar no carro, mais exatamente na chave, que na verdade é um dispositivo com um microchip capaz de emitir raios infravermelhos. Com ela, o motorista consegue acionar o alarme, destravar o porta-malas e abrir o teto solar à distância.
Mas é no interior do cupê que o motorista é brindado com um show de eletrônica. Para começar, há os ajustes dos bancos. Dispostos no painel da porta, os comandos têm a forma de assento, encosto e apoio de cabeça. Ajustá-los é absolutamente intuitivo.
O carro tem um dispositivo que pode representar um alívio para as colunas das garagens subterrâneas dos edifícios. Trata-se do sistema Parktronic, que faz soar um alarme toda vez em que o CLK estiver próximo a uma parede, carro, pessoa ou objeto.
Outro acessório "antibarbeiragem" está ligado ao espelho retrovisor do lado direito. Toda vez em que a marcha à ré é engatada, o espelho se inclina, de modo que o motorista possa ver o meio-fio.

Concepção
Apesar de repartir com a Classe E o conjunto de quatro faróis arredondados na frente, o CLK tem um visual muito mais agressivo. Numa primeira olhada, o cupê parece ter tamanho suficiente para integrar a família de seu "irmão" mais caro.
Mas vê-los lado a lado mostra como o CLK está mais próximo da Classe C. Construído na mesma plataforma do sedã da Classe C, o cupê é 7,11 cm mais comprido. Por outro lado, ele é 23,37 cm menor que a Classe E.
Sob o capô, o CLK tem um motor V6 (seis cilindros em "V") que responde rápido aos comandos, tem funcionamento macio e é silencioso. Tão silencioso que o motorista pode questionar o seu poder de fogo, o que -os números provam- é descabido.
Como no Volvo C70, o banco traseiro do CLK permite que pessoas com cerca de 1,70 m enfrentem trajetos não muito longos sem reclamar de espaço para os joelhos e para a cabeça.


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