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SINAL DOS TEMPOS
E350 é para quem tem chofer
Mercedes tem mais conforto e espaço no banco traseiro; Audi traz suspensão dura e melhor estabilidade em curvas
DA REPORTAGEM LOCAL
Se o apelo do Audi A6 é a esportividade, o do Mercedes E
350 é o conforto, o silêncio. Há
pontos de isolamento entre a
suspensão e a carroceria.
A 120 km/h, é difícil ouvir
ruídos do vento ou dos pneus,
mais voltados para a maciez do
que para a performance.
Melhor para quem vai no
banco traseiro. Com enorme
distância entre-eixos -2,87 m,
10 cm a mais que a do Fusion-,
há espaço para as pernas e para
a cabeça. No A6, alguém de 1,85
m raspa no teto sem querer.
O pacote Audi Sport Plus,
com o kit esportivo S-Line, vem
com pneus mais baixos (245/
40 R18) e suspensão rebaixada
em 10 mm. Isso -e a tração integral Quattro- faz o Audi ter
um comportamento neutro em
curvas, com pouca rolagem de
carroceria para o maior sedã da
categoria (4,93 m).
Essa esportividade obriga
também os pneus a "copiarem"
as irregularidades do asfalto, o
que acaba transmitindo certa
vibração para o volante de três
raios. Nada que incomode muito. Só surpreenderia quem tem
um Classe S. Dono de Vectra
acharia uma maravilha.
Aliás, do S, o E poderia ter
herdado o freio eletrônico. No
lugar, usa o velho freio de estacionamento no pé, como nas
piores picapes americanas.
Se você quiser acioná-lo, será
preciso pressionar um pedal
que fica à esquerda, perto da
porta. Para soltá-lo, deve-se puxar uma alavanca, a única a
quebrar o silêncio do interior.
Neve
Para Joachim Lindau, chefe
de desenvolvimento do Classe
E na Alemanha, o freio eletrônico é tudo ou nada, sem modulação. "Os clientes pediram que
mantivéssemos o sistema por
alavanca. É comum pressionarem dois ou três dentes do freio
para segurar o carro nas descidas com neve", conta.
Algo difícil de conceber, considerando um veículo de luxo
com controle de tração e de estabilidade (ESP). O Audi não
quis pagar para ver e lançou
mão do freio eletrônico. Puxou
o botão, está acionado. Acelerou, liberou. Simples assim.
Os outros itens que poderiam ser um diferencial para a
Mercedes não cruzaram o
Atlântico: o Lane Keeping Assist (assistente para manter a
faixa) e o Blind Spot Monitoring (monitor de ponto cego).
Juntos, monitoram os carros
à sua volta e, se você esboçar
uma fechada, o volante vibrará.
O Audi vem com umas luzes
amarelas no retrovisor, que
piscam quando há carro no
ponto cego. É menos eficiente,
mas pelo menos existe no carro
daqui, assim como o controlador adaptativo de velocidade,
algo que a BMW já tem há anos.
Esse item a Mercedes quis
trazer, mas uma incompatibilidade de sistemas não permitiu.
Uma pena.
(FABIANO SEVERO)
As montadoras cederam os carros para teste
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092
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