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Até esportivos se rendem à dupla, mais propensa a acidentes
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com a ampla propagação da
onda grisalha no trânsito, até os
modelos esportivos estão sob
ameaça. Ainda que as montadoras sigam apostando nas cores alternativas, as vendas levam os esportivos para o lado
negro -e prata- da força.
Quando o Civic Si chegou ao
mercado, em março, a Honda
apostou na cor vermelha. Nos
primeiros dias de produção,
60% dos carros fabricados
eram rubros, e 40%, pretos.
Mas, para atender a pedidos
do mercado, a montadora incluiu o prata no "mix" de cores
do Civic Si. Hoje, a cor vermelha restringe-se a 5%.
"O motorista quer o benefício do esportivo, mas com discrição", diz Marcos Martins,
gerente de venda da Honda.
Para o designer de cores da
Rainbow Brasil Marcos Quindici, também nos esportivos a
questão passa pelo bolso. "No
Brasil, o carro é um investimento, e não objeto de consumo. É também um patrimônio,
precisa se manter valorizado."
A escolha, no entanto, deixa
de lado a segurança. Quanto
mais escuro o carro, mais está
propenso a se envolver em acidentes, diz o Centro de Estudos
de Acidentes da Universidade
Monash (Austrália).
A análise dos dados de 1987 a
2004 em dois Estados australianos revelou que os carros
pretos têm 12% mais chance de
se envolver num acidente que
os brancos, os mais seguros.
Em seguida, aparecem os cinzas (11%), e os pratas, (10%).
Vermelhos e azuis têm 7%.
O problema é o baixo contraste da cor do veículo com a
do ambiente. À noite, a cor influi menos, pois os faróis praticamente a neutralizam.
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